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Diario de um economista (1)

Não nego. A minha vida nunca foi linear. Tive altos e baixos, mais altos, mas sem hipocrisia, tambem com alguns reveses. Difícil que vc se una a pessoas que pensem como vc.

Também acho que cada um trilha suas histórias, o seu caminho. Cada um tem o seu caminho. Não existe padrão.

Iniciando este ciclo de experiências pessoais. Sim senhores, no alto dos meus 60 anos, isso é permitido. 

O início foi quando eu me formando em Ciências Econômicas, resolvi fazer "mestrado acadêmico". Sim, por que existe também o "profissional". A diferença é que o primeiro te joga no meio acadêmico, mais no experimento, nas evidências empíricas. O segundo, no mercado de trabalho, mais no financeiro, mais do que no meio corporativo. 

Nada contra, mas o problema é que a nossa "lúgubre ciência", às vezes, se divorcia da metodologia científica, visto que por ser "humana", acaba descambando para a imprevisibilidade, as incertezas e as irregularidades.  

Um evento ocorrido pode nunca se repetir de forma regular. Na biologia, na física, estes eventos testáveis se repetem sempre, quase homogêneos. Na economia, isso não acontece.

E isso me perturbava muito enquanto economista.

Fui me lapidando e me tornando pós-keynesiano, embora não um praticante acadêmico. Mais do que isso, me tornei um cardiniano. Sim, porque foi através de Fernando Cardim de Carvalho que passei a ter contato com esta corrente teórica heterodoxa.

A partir, passei a ser um admirador deste grande economista, formado na USP, mas andanças pela Unicamp, e nos EUA. O acompanhei nas suas passagens pela UFF, UFRJ, por NY, Cascais, etc. Foi ali que eu me despedi dele, acometido de uma doença.

Mas posso dizer que Cardim foi um schollar incorruptível, digno e honesto ao ato da cátedra. Cardim foi professor absoluto e dedicado. Por isso, a minha admiração.

Vejo hoje muitos professores que acabam se perdendo, e poucas aulas ministram. Começam a viver em seminários, palestras, e acabam se envolvendo mais nas suas pesquisas. Acabam se esquecendo da sala de aula, preenchida por professores adjuntos e monitores.

Nada contra. Mas Cardim sempre foi um professor integral, orientando seus alunos, dando os caminhos, indicando as teses, os temas das dissertações. Isso não aconteceu com muitos. 

Questão de opções e caminhos. 

Viva Cardim!


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