Pular para o conteúdo principal

MACRO MERCADOS DIÁRIO 03/03/21

 

Quarta-feira, 03/03/2021

PIB, REUNIÃO DA OPEP E PEC EMERGENCIAL

 

Overview

 

Quarta-feira carregada. Por aqui, PEC Emergencial, com o auxílio de R$ 250 a durar entre dois a quatro meses, votada no Senado; e PIB do quarto trimestre, com previsão de retração de 2,8% no período e 4,2% no ano. Papéis da PETR4 devem ser afetados, depois das declarações do ministro Paulo Guedes falando que a empresa “era uma anomalia por ser negociada em bolsa”. Nos EUA, atenção para a geração de empregos privados (ADP) e o Livro Bege, dando ao mercado sensibilidade sobre os riscos inflacionários. No Brasil, a zeragem de impostos do diesel dos caminhoneiros deve ser permanente, já a elevação da CSLL para bancos e outras instituições temporária. Mercado deve se manter volátil, inclinação da curva de juro se mantendo e câmbio negociado em torno de R$ 5,60.

 

Para piorar o inferno astral da PETR4, temos reunião da OPEP e a decisão deve ser pelo aumento da produção, o que deve derrubar a cotação do barril de petróleo. No Brasil, o tombo do PIB deve se prolongar ao longo deste primeiro trimestre (ou semestre!), ainda mais depois da piora da pandemia no País. Já são quase 255 mil mortos, tendo chegado a 1,7 mil diários na terça-feira, recorde desde o início. Somos uma “nau sem rumo”, até porque o presidente empurra a responsabilidade para os estados. Não se poderia esperar outra conduta. No Senado, temos votação da PEC Emergencial, e de bom apenas o gatilho de congelamento de salários se as despesas passarem de 95% do total. Outra novidade pode ser a exclusão da bolsa família do teto do gasto. Ganha o governo o poder de manipular R$ 34,9 bilhões do Orçamento. Alguém tem dúvida que será esta a toada do governo até as eleições? Encher os extratos mais pobres da sociedade de “bolsas ou estímulos variados”.

 

Reação. Nossa interpretação é de que isso é mais um “fura teto”, com a credibilidade e sustentabilidade do ministro da Economia, cada vez mais, colocada em prova. Segue o regime fiscal sofrendo ataques políticos e populistas.

 

Falando da pandemia, o desafio é disponibilizar vacina para todos. Sem protagonismo do governo, mas com o Congresso liderando o processo, tentando definir o calendário de campanha de imunização. Crescem as pressões por lockdown absoluto no País por, ao menos 15 dias.

 

  

Comportamento dos ativos

 

Bolsas no exterior em alta moderada; no Brasil, B3 deve se manter volátil, diante das bateções de cabeça no governo e a piora da pandemia. Lá fora, as campanhas de vacinação acontecendo, levam os países a começarem a desconfinar. Isso não afasta o risco dos bancos centrais terem que elevar o juro diante das possíveis pressões inflacionárias. Nos EUA, o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão deve ser votado no Senado, depois de aprovado na Câmara dos Representantes. Retornando ao Brasil, hoje é dia de Copom e não afastamos a elevação da taxa Selic em 0,5 ponto percentual, a 2,5%.

 

Bons negócios a todos !

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Já deu...

  Fernando Haddad, mais um poste criado pelo Deus Lula, disse que o cidadão é o "maestro da Orquestra". Estamos fufu. Lula não tem mais a mínima condição de ser maestro de nada, nem da sua casa, em quem manda é a Janja. É o ocaso de um projeto de poder, do lulo-petismo, que foi se transformando num culto fajuto à personalidade, nas piores personificações das ditaduras corruptas de esquerda. Lula já não consegue concatenar ideias, está cansado e sim, mto velho. Já deu.

Abertura 2901

 Abertura: Brasil olha Vale e Petrobras antes de Copom; exterior fica misto à espera de Fed São Paulo, 29/01/2025 Por Silvana Rocha e Luciana Xavier* OVERVIEW.  As decisões de juros no Brasil e nos EUA, bem como os comentários de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), estão no centro das atenções dos mercados nesta super quarta. As sinalizações sobre o aumento de tarifas pelo governo de Donald Trump devem guiar também os negócios antes da divulgação de balanços de grandes empresas de tecnologia americanas, como Meta, Microsoft e Tesla. Internamente, serão acompanhados um leilão de linha de até US$ 2 bilhões no mercado de câmbio e reunião do Conselho de Administração da Petrobras para discutir preços de combustíveis. NO EXTERIOR.   Os mercados operam sem direção definida, com investidores atentos a balanços corporativos e esperando a decisão do Fed. A holandesa ASML, fabricante de equipamentos para a produção de semicondutores, superou expectativas em enc...

Matinal 0201

  Vai rolar: Dia tem PMIs e auxílio-desemprego nos EUA e fluxo cambial aqui [02/01/25] Indicadores de atividade industrial em dezembro abrem hoje a agenda internacional, no ano que terá como foco a disposição de Trump em cumprir as ameaças protecionistas. As promessas de campanha do republicano de corte de impostos e imposição de tarifas a países vistos como desleais no comércio internacional contratam potencial inflacionário e serão observadas muito de perto não só pela China, como pelo Brasil, já com o dólar e juros futuros na lua. Além da pressão externa, que tem detonado uma fuga em massa de capital por aqui, o ambiente doméstico continuará sendo testado pela frustração com a dinâmica fiscal e pela crise das emendas parlamentares. O impasse com o Congresso ameaça inviabilizar, no pior dos mundos, a governabilidade de Lula em ano pré-eleitoral. ( Rosa Riscala ) 👉 Confira abaixo a agenda de hoje Indicadores ▪️ 05h55 – Alemanha/S&P Global: PMI industrial dezembro ▪️ 06h00 –...