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Notas do Alentejo, por Julio Hegedus

Mais um bate-papo em que eu destaco alguns temas do debate nacional, dando os meus pitacos, sempre que necessário.
Nesta semana, comentarei sobre o que assisti neste fim de domingo o que me causou muita perplexidade. Vamos conversando.

  • Ao fim deste domingo me confrontei com uma situação que bem reflete o caos que estamos vivendo. De um lado, no programa Fantástico, um ministro da Saúde isolado pela ala mais dogmática e fanática do governo Bolsonaro (inclusive, próprio), do outro, uma live tendo o presidente como personagem principal e vários "pregadores" em "debate".
  • Na verdade, não foi bem um debate este segundo. Longe disso. Foi mais uma vez uma sucessão de frases feitas, clichês, do presidente, como sempre, se vitimizando, a partir da "facada" e vários personagens da vida religiosa, nas suas fanáticas pregações. Todos, faturando a tragédia de saúde pública em favor do "seu público" se é que é possível chamá-lo disso. Mais me convenci de que Jair Bolsonaro é um paranóico, mais preocupado em combater fantasmas que ele mesmo ajuda a criar, do que a chegar a soluções definitivas para a pandemia. 
  • Na entrevista do Mandetta o que se viu foi um ministro da Saúde (não se sabe até quando) já demostrando desconforto na cargo. Muitos apostam que ele não emplaca nesta semana. Uma frase dele, no entanto, bem reflete este momento dúbio e esquizofrênico que estamos vivendo. Disse ele que não é possível manter um discurso dúbio em que uns falam em ficar em casa, outros já pregam a flexibilização. Neste ambiente as pessoas acabam se perdendo, umas saindo e apoiando esta tal flexibilização, outras cautelosas em casa. 
No ambiente econômico a situação não é mais tranquila. Preocupa aqui a geração de empregos e os corolários desta pandemia. Já se comenta que a economia deve mergulhar mais de 8% neste trimestre, em função da paralisia da atividade. Haveria uma estratégia intermediária neste caso? Talvez, mas para isso seria necessário um novo olhar sobre a doença.  

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