Pular para o conteúdo principal

Juros, moeda e ortodoxia, por André Lara Resende...

O livro “Juros, moeda e ortodoxia. Teorias monetárias e controvérsias políticas”, da Companhia das Letras (selo Portfolio-Penguin), é uma coleção de ensaios sobre o tema, escrito por André Lara Resende. 

Diz ele sobre a política monetária atual, que esta é a nova ortodoxia. Baseada nas reuniões do Copom e na condução da taxa de juros de curto prazo, visando alcançar o centro do sistema de meta de inflação, diz Lara que este mecanismo de balizamento é limitado e tende a trazer mais custos sociais do q benefícios. 

Sou economista há 27 anos no mercado e fico lá com os meus botões refletindo. Concordo com ele qdo diz q o intelectual deve ser um iconoclasta, sempre questionador. Acho, no entanto, é que na Política Monetária o mais importante é atuar nas expectativas, na chamada ancoragem destas. 
Sempre sendo transparente e tentando antecipar movimentos, tudo fica mais fácil para o ganho de credibilidade dos mercados, da sociedade. 

Acho que a definição de regras estáveis de política monetária se torna essencial para esta ancoragem de expectativas sendo a taxa Selic apenas um "fio condutor". Não acho esta política ortodoxa. Na época, em meados de 1999, qdo anunciada, todos acharam extremamente moderna na sua implantação, depois da transição do regime semifixo do Gustavo Franco, ainda na "construção" da estabilização inflacionária, sob o égide do Plano Real.

 Só acho que a política monetária sozinha não se sustenta por muito tempo. Precisa da complementaridade de uma política fiscal também de ajuste, até para reforçar a confiança dos agentes. Sem isso, acaba se perdendo no meio do caminho...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BDM 181024

 China e Netflix contratam otimismo Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato* [18/10/24] … Após a frustração com os estímulos chineses para o setor imobiliário, Pequim anunciou hoje uma expansão de 4,6% do PIB/3Tri, abaixo do trimestre anterior (4,7%), mas acima da estimativa de 4,5%. Vendas no varejo e produção industrial, divulgados também nesta 6ªF, bombaram, sinalizando para uma melhora do humor. Já nos EUA, os dados confirmam o soft landing, ampliando as incertezas sobre os juros, em meio à eleição presidencial indefinida. Na temporada de balanços, Netflix brilhou no after hours, enquanto a ação de Western Alliance levou um tombo. Antes da abertura, saem Amex e Procter & Gamble. Aqui, o cenário externo mais adverso influencia os ativos domésticos, tendo como pano de fundo os riscos fiscais que não saem do radar. … “O fiscal continua sentado no banco do motorista”, ilustrou o economista-chefe da Porto Asset, Felipe Sichel, à jornalista Denise Abarca (Broadcast) para explicar o pa...

Prensa 0201

 📰  *Manchetes de 5ªF, 02/01/2025*    ▪️ *VALOR*: Capitais mostram descompasso entre receitas e despesas, e cresce risco de desajuste fiscal       ▪️ *GLOBO*: Paes vai criar nova força municipal armada e mudar Guarda   ▪️ *FOLHA*: Homem atropela multidão e mata pelo menos 15 em Nova Orleans  ▪️ *ESTADÃO*: Moraes é relator da maioria dos inquéritos criminais do STF

NEWS 0201

 NEWS - 02.01 Agora é com ele: Galípolo assume o BC com desafios amplificados / Novo presidente do Banco Central (BC) agrada em ‘test drive’, mas terá que lidar com orçamento apertado e avanço da agenda de inovação financeira, em meio a disparada no câmbio e questionamentos sobre independência do governo- O Globo 2/1 Thaís Barcellos Ajudar a reverter o pessimismo com a economia, administrar a política de juros, domar o dólar e a inflação — que segundo as estimativas atuais do mercado deverá estourar a meta também este ano —, além de se provar independente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são os maiores desafios de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central (BC). Mas não são os únicos. Com o orçamento do BC cada vez mais apertado, o novo presidente do órgão tem a missão de dar continuidade à grande marca de seu antecessor, Roberto Campos Neto: a agenda de inovação financeira. Também estão pendentes o regramento para as criptomoedas e um aperto na fiscalização de instituições...