O IPCA de dezembro acabou dentro das projeções, registrando
0,3%, depois de 0,18% em novembro. Lembremos que o IPCA-15 já sinalizava esta
inflação mais baixa, depois de 0,19% em meados de dezembro. No ano a taxa fica
dentro do sistema de metas, no teto da meta, 6,29%. Ou seja, o BACEN não
precisará redigir uma carta explicando o não cumprimento da meta. No desempenho,
os Alimentos e os preços administrados acabaram influenciando mais. Na análise
dos grupos, Alimentos e Bebidas passou de -0,2% para 0,08%, com impacto de 0,2
ponto percentual sobre o índice, Transportes, 0,28% para 1,11%, impactado pelo
reajuste da gasolina e o das passagens aéreas, e Despesas Pessoais (1,01% e 0,11
p.p.), com maior impacto do cigarro, das despesas com excursões e outros
serviços. Para janeiro, é possível que o IPCA venha mais elevado, dada a
sazonalidade do período, com despesas escolares e taxas anuais, mas para o ano
cresce a possibilidade da inflação convergir para o centro do sistema de metas.
" O livro de Marshall B. Reinsdorf e Louise Sheiner oferecem, em The Measure of Economies: Measuring Productivity in an Age of Technological Change, uma análise pertinente e necessária ao panorama económico contemporâneo. Este trabalho, publicado em 2024, desafia os métodos tradicionais de medição do PIB, argumentando que as práticas do século XX são inadequadas para avaliar a produtividade no contexto do século XXI, marcado pela transformação tecnológica. Com capítulos assinados por peritos em economia, a obra não se limita a apresentar os problemas inerentes às práticas actuais, mas propõe alternativas inovadoras que abrangem áreas como a economia digital, os cuidados de saúde e o ambiente. A estrutura é equilibrada, alternando entre a crítica aos métodos estabelecidos e as propostas de solução, o que proporciona uma leitura informativa e dinâmica. Um dos pontos fortes deste livro é a sua capacidade de abordar questões complexas de forma acessível, sem sacrificar a profundidad...
Comentários
Postar um comentário