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SENTIMENTOS DIFUSOS DEPOIS DAS VOTAÇÕES NO CONGRESSO

“Aceita o seu destino. Ser prestativo demais tem seus perigos! Na velhacaria destes tempos flácidos, a virtude tem que pedir perdão ao vício” Shakespeare em Hamlet.

Esta citação acima bem se aplica ao momento conturbado que estamos vivendo. Nas votações na noite passada, se de um lado, tivemos uma boa votação em torno da PEC do teto no Senado, mesmo com todos os protestos nas cercanias do Congresso, por outro, foi vergonhosa a votação na Câmara em torno das “Dez Medidas contra a Corrupção”.

Na primeira, a votação foi relativamente folgada, com 61 votos a favor e 14 contrários. Algumas emendas colocadas acabaram suprimidas. Agora é partir para o segundo turno no dia 14/12 e já enviar ao Congresso a Reforma da Previdência. Na segunda, no entanto, pegou muito mal a deturpação completa deste projeto popular. Dentre as alterações feitas pelos congressistas, chamou atenção o fim daquela que estimulava as delações, no chamado "depoente do bem", e a aprovação de uma emenda que cria mecanismos para a punição de membros do Ministério Público e do Judiciário que "extrapolarem nas suas atribuições". Foi, na verdade, a medida criada por Renan Calheiros, que define o “crime de abuso de autoridade”, prevendo punição a juízes e promotores.


Outras barbaridades foram cometidas, mas nestas duas, o que se viu, claramente, foi o Legislativo tentando esvaziar as ações da Lava-Jato. Uma crise institucional pode estar sendo gestada. Esperemos que o Senado tenha a grandeza necessária para corrigir estas deturpações.    

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