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Jotinha 0211

 💢 *BGC Liquidez | 📮 Jotinha News* _Nov-2/25_ —> *Entre a prudência e o protagonismo: a aposta de Tarcísio* <— Tarcísio agiu com precisão política ao escolher a moderação diante da megaoperação no Rio — *uma decisão amadurecida com seus principais conselheiros*. Ao contrário do que desejam os setores mais radicais, evitou colocar-se na linha de fogo da esquerda ao não atacar Lula diretamente. Sabe que o eleitorado ultraconservador tende a vir naturalmente, sem necessidade de gestos de confronto. Ao evitar associar-se integralmente a uma ação militar de alto risco no RJ — sujeita a tragédias e imprevisibilidades —, Tarcísio preservou imagem e capital político. Preferiu o caminho institucional: apoio à operação, solidariedade às forças de segurança, ao governador Claudio Castro e às famílias dos policiais, sem transformar o episódio em palanque e sem correr o risco de ser rotulado como um “oportunista”. Ao evitar críticas ao Judiciário, manteve intacta a reaproximação institu...

Amilton Aquino

 A TEMPESTADE PERFEITA DA SEGURANÇA PÚBLICA Cláudio Castro é um governador sem qualquer carisma, que chegou ao poder por acaso, após uma longa sequência de prisões e afastamentos de seus antecessores por corrupção. Mas tenho que reconhecer que é dele uma das falas mais importantes de um governador sobre o nosso dia a dia de violência e impunidade. Um diagnóstico preciso, curiosamente muito claro para o cidadão comum, mas incompreensível para o nosso mainstream político-jurídico-acadêmico: “Nós temos hoje uma tempestade perfeita. Nós temos a ADPF das Favelas (…) que impôs regras para a polícia entrar nas favelas. Ela criou um conceito de extraordinariedade (...) Para a polícia entrar na favela, precisa acontecer algo extraordinário. Ela tirou a ideia de ostensividade e criou a ideia de extraordinariedade. Faz isso na zona sul… Tira a polícia da zona sul… (em tom de desafio) Então é o seguinte: o pobre deixou de ter o direito de ter a polícia todo dia. E o que aconteceu? As facções d...

André Lara Resende

  O brilhante economista André Lara Rezende traz, em seu artigo hoje no Valor, uma reflexão contundente sobre a questão do endividamento público. Vale muito a pena ler. Minha humilde visão, na ótica do financiador do estado, cito alguns fatores que determinam os limites de endividamento, público e privado, de uma economia: a. O relevante para endividamento não é o tamanho. Mas sim os custos de se financiá-lo no longo prazo e a sua taxa de crescimento. b. A análise de solvência baseada apenas no tamanho da dívida é míope, pois não aborda outras questões como a taxa de crescimento de longo prazo da economia, muito ligada ao aumento da produtividade e à tendência da evolução do estoque de capital humano. c. A microestrutura de financiamento da dívida também é extremamente relevante neste contexto. Questões como dimensão e sofisticação do mercado de capitais e financeiro, participação de capital estrangeiro e adequação do apetite de risco dos financiadores domésticos no processo de fi...

Guerra Civil no Rio

  guerra civil no Rio Especial   1.          No Brasil, tudo parou depois da incursão das forças de segurança pelo Complexo do Alemão, um aglomerado de favelas, mais de 120 mil pessoas lá vivendo nas piores condições. Em verdade, foi a justiça a autorizar esta mega operação, em conjunto com a Polícia Militar e a Civil, mais de 71 mandatos de prisão contra o Comando Vermelho (CV).   2.         Objetivo aqui foi frear a expansão territorial dos marginais, a extorquirem a população da região. Ao fim, foram 121 mortes, com 4 policiais indo a óbito. Não acho que tenha sido um massacre, nem que dê para criticar a operação, já que o CV vinha atuando neste complexo explorando as pessoas, cobrando variadas taxas (gaz, net, proteção, aluguéis), aproveitando a ausência de governo nestas regiões.   3.          Numa ação bem coordenadas entre as polícia...

RCN a as fintechs

 *Proposta de Campos Neto é truque fiscal para fintechs pagarem 'meia entrada', diz Febraban*   Às vésperas de o governo Lula enviar ao Congresso uma nova proposta para a taxação de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no setor financeiro, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) escalou o embate com as fintechs. O presidente da instituição, Isaac Sidney, criticou uma ideia aventada pelo chefeglobal de Políticas Públicas e vice-presidente do Nubank, Roberto Campos Neto, para estabelecer uma alíquota mínima da taxa de imposto efetiva (ETR, na sigla em inglês) em 17,5% para todas as instituições financeiras. Sidney considerou a proposta inexequível, sem paralelo no mundo e disse que funcionaria como "truque fiscal" para as fintechs "pagarem meia-entrada". "Enxergamos a proposta do imposto mínimo com o simplista e inexequível, além de diversionista. A impressão que fica, esperamos que não seja isso, é que o regime de imposto mínimo funciona...

Leonardo Correia

  A guerra que o editorial não enxerga Por Leonardo Corrêa* Há algo de profundamente irônico — e também revelador — quando um jornal escreve sobre a guerra do Rio a partir da tranquilidade de onde não se ouvem tiros de fuzil. O editorial do Estadão sobre a operação no Complexo do Alemão é um exercício de abstração moral: analisa o front como se fosse um gabinete, trata o terror como se fosse um problema de gestão e fala de cadáveres como quem fala de déficit fiscal. O Estado escreve como se o Rio fosse um departamento desorganizado, e não um território sob ataque. Sua tese — de que a tragédia é resultado de “ineficiência administrativa” — é a típica análise de quem nunca ouviu o som de um fuzil. É a falácia da racionalização burocrática, que transforma guerra em planilha. Para os editorialistas, a solução está na “coordenação entre os entes federativos”, como se o tráfico respeitasse o pacto federativo. Há também a falácia da falsa equivalência moral: o texto equipara a operação no...

Fabio ALVES

 O movimento dos ativos financeiros ontem, especialmente os contratos futuros de juros e o Ibovespa, após a divulgação dos números do Caged de setembro mostrou que o mercado se precipitou em jogar suas fichas na precificação de um início antecipado do ciclo de corte de juros com base apenas nas surpresas para baixo do IPCA e do recuo das expectativas inflacionárias. Foi como um choque de realidade. E, hoje, os dados da Pnad Contínua, também referentes a setembro, só reforçaram a mensagem de que o mercado de trabalho segue ainda robusto o suficiente para endossar uma desaceleração mais forte da atividade econômica neste segundo semestre, puxado, entre outros fatores, pelo impulso fiscal com o pagamento de precatórios previsto entre junho e dezembro. Obviamente, é preciso destacar a ressalva que os economistas da consultoria 4intelligence: a de que, desde a divulgação do Novo Caged, setembro deste ano foi o que apresentou a maior quantidade dias úteis em relação ao mesmo mês desde 20...