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Leitura de sábado 2

 *Leitura de Sábado:Tarifa dos EUA pode afetar preços no Brasil de 3 formas, 2 são inflacionárias* Por Daniel Tozzi Mendes e Anna Scabello São Paulo, 11/7/2025 - Economistas de instituições do mercado financeiro divergem sobre quais serão os principais efeitos da nova tarifa de 50% dos Estados Unidos para o Brasil sobre a inflação doméstica. Há, por um lado, temor de que a diminuição das compras de produtos brasileiros pelos Estados Unidos  provoque enfraquecimento do real, justamente em um momento em que o câmbio jogava a favor do combate à inflação. Fontes da área econômica do governo já relataram à Broadcast que, se aplicadas, a tarifa de 50% jogaria um "balde de água" fria na desaceleração da inflação. Ao mesmo tempo, o virtual fechamento do mercado dos EUA cria a possibilidade de itens que originalmente seriam exportados, como café, aço e carne bovina, permanecerem no mercado interno, o que aumenta a oferta e, em tese, diminui os preços domésticos. Há ainda um terceiro e...

Leitura de sábado

 *Leitura de Sábado: Fatia da China no mercado brasileiro passa de 10% e indústria cobra reação* Por Eduardo Laguna São Paulo, 10/07/2025 - Pedra no sapato da indústria nacional, a China avança rápido e já é a origem de mais de 10% dos produtos comprados pelos brasileiros. Diante da ameaça de uma nova onda de importações, sobretudo de produtos chineses, decorrente das tarifas comerciais anunciadas nos Estados Unidos, setores industriais pedem proteção ao governo, enquanto também absorvem o choque da taxa de 50% prevista aos que exportam para a maior economia do mundo. Entre os argumentos apresentados, principalmente ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, estão os prejuízos representados pela China a investimentos, empregos e, até mesmo, à arrecadação de impostos. Segundo levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a pedido da Broadcast, a participação dos produtos importados da China no mercado brasileiro mais do que do...

Leitura de fim de semana

 *Leitura de Sábado: Brasil será o mais endividado dos grandes emergentes, diz Martinez, da Fitch* Nova York, 11/07/2025 - O Brasil está à mercê da falta de consenso entre o Executivo e o Congresso para solucionar o seu dilema fiscal, o que o mantém distante do grau de investimento, perdido há dez anos. A janela política apropriada para endereçar a questão só virá depois da eleição de 2026, diz o co-chefe de títulos soberanos da América Latina da Fitch Ratings, Todd Martinez. Mas, a situação fiscal do Brasil deve piorar antes de melhorar. "Projetamos que o Brasil será, entre os maiores mercados emergentes, o mais endividado do mundo nos próximos anos, superando a África do Sul e a Índia", diz Martinez, em entrevista exclusiva ao Broadcast. A Fitch estima que a relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) do País deve bater os 79,3% em 2025 e subir a um ritmo anual de 3 pontos porcentuais à frente. A mediana de outros países com mesmo rating é de 53%. A agência de ri...

Mercado de trabalho

 *Busca de jovens talentos em bancos por empresas de private equity desafia Wall St* Empresas com foco em aquisições (buyout firms) seduzem analistas e banqueiros juniores em fase de treinamento em bancos para vagas futuras com altos salários, o que cria conflitos éticos e leva players como JPMorgan e Goldman a criarem barreiras Bloomberg — Os chefes do JPMorgan Chase ficaram curiosos no verão passado ao registrarem um número incomum de ausências nas sessões de treinamento que davam início ao seu programa ultracompetitivo de analistas juniores. O motivo? Depois descobriram: os novos recrutas haviam “pulado” a integração obrigatória para fazer entrevistas em empresas de private equity para seu segundo emprego - embora estivessem há apenas alguns dias no primeiro. Essa prática é conhecida como recrutamento “on-cycle”, em que buyout firms (com foco em aquisições) recrutam analistas de bancos de investimento para funções que normalmente começam um ou dois anos depois. Suas propostas tê...

Luis Felipe D Avila

 https://www.estadao.com.br/opiniao/luiz-felipe-davila/as-luzes-da-democracia-se-apagam/ "*As luzes da democracia se apagam* _É hora de transformar a nossa indignação em ação para salvar a liberdade, o Estado de Direito e a democracia Por Luiz Felipe D'Avila 25/06/2025 | 03h00 A liberdade está sendo sufocada no Brasil. Ela está sendo amordaçada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), asfixiada nos porões secretos do Poder Executivo e ameaçada no Congresso pelo apetite voraz dos partidos de esquerda que desejam legalizar a censura no País. O sequestro da liberdade de expressão, de opinião e de informação pelas instituições de Estado representa um perigoso atentado à nossa democracia. O filósofo italiano Norberto Bobbio nos lembra que a democracia liberal é o governo das leis, e não dos homens. Desde a promulgação da Constituição de 1988, a democracia no Brasil evoluiu. Tivemos eleições livres e limpas, alternância de poder, imprensa livre, liberdade de expressão e respeito aos dir...

Paulo Roberto de Almeida

 Brics+: uma avaliação superficial do encontro de cúpula no RJ (porque não vale a pena perder tempo comentando cada parágrafo) A declaração final vale mais pelas grandes lacunas que revelam suas imensas distorções políticas — até (i)morais — e bem menos pelas dezenas de parágrafos que enfeixam objetivos que nunca serão realizados e que não possuem qualquer significado maior para a solução das diversas guerras que ocorrem no mundo (a maior delas, uma guerra de agressão perpetrada por um de seus mais poderosos membros, totalmente ignorada pela hipocrisia da declaração) ou pelas ameaças à segurança e à paz no mundo, podendo resultar da ação bélica de outro de seus dirigentes (por acaso o mais poderoso do bloco, sintomaticamente ausente do conclave). As lacunas são exatamente as que definem o Brics+ atualmente, que é um grupo de paises pretensamente desafiador da “hegemonia ocidental” formado por duas grandes autocracias, poucas democracias (de baixa qualidade substantiva) e várias out...

Fabio Giambiagi

 Governador deve imaginar que pode se eleger com o apoio de Bolsonaro e administrar suas relações com ele Por Fabio Giambiagi - 10/07/2025  ============================================== Peço licença para tratar novamente de política nestas páginas. Ocorre que o que acontecerá na economia do País depende de quem for presidente da República em 2027. E nesse jogo há um tema fundamental, que é a possibilidade de concessão de indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em caso de vitória do governador Tarcísio de Freitas. Aqui, irei me valer da teoria dos jogos, que é a análise associada a processos em que as decisões dos indivíduos são interdependentes entre si. “Bolsonaro livre” em 2027 pode significar: 1) ele ser indultado, mas não perder a inelegibilidade que decorreria da hipótese de ser condenado; ou 2) o acordo ser amplo e envolver uma anistia plena ao ex-presidente. Vamos assumir que, sendo Tarcísio presidente, vingue então a alternativa (1). É preciso ter claro que: 1) Bolso...