Pular para o conteúdo principal

Thomas Friedman

 Algo de podre no reino trumpista...


https://www.estadao.com.br/internacional/discurso-de-trump-no-congresso-deixou-claro-que-ele-esconde-alguma-coisa-sobre-a-ucrania/


*Discurso de Trump no Congresso deixou claro que ele esconde alguma coisa sobre a Ucrânia*

_Se há uma coisa que aprendi no jornalismo é: quando você não chama as coisas pelos seus verdadeiros nomes, geralmente há um motivo — você está escondendo alguma motivação_


Por Thomas Friedman (The New York Times) 05/03/2025 - é colunista de assuntos internacionais do The New York Times e ganhador de três prêmios Pulitzer. É autor de sete livros, entre eles 'De Beirute a Jerusalém', que venceu o Prêmio Nacional do Livro


Sempre que Donald Trump fala sobre a Ucrânia, há algo deslocado, algo faltando, e isso faz você se perguntar o que ele realmente pretende — e seus breves comentários sobre a Ucrânia para a sessão conjunta do Congresso na terça-feira à noite não foram exceção.


Ele exagerou de forma absurda o quanto os EUA contribuíram para o esforço de guerra da Ucrânia em comparação com o que nossos aliados europeus deram.


Quando falou sobre o custo humano da guerra, primeiro lamentou pelos “jovens russos” e depois pelos “jovens ucranianos” — como se ambos tivessem sido atingidos por um meteoro, um após o outro. E declarou ter recebido “sinais fortes” de Vladimir Putin de que ele quer paz, mas não ofereceu detalhes.


Se há uma coisa que aprendi no jornalismo é: quando você não chama as coisas pelos seus verdadeiros nomes, geralmente há um motivo — você está escondendo algo, alguma motivação, alguma intenção.


Como explicar isso no caso de Trump? Bem, ou ele é o negociador ocidental mais complacente contra os inimigos da liberdade desde Neville Chamberlain, fazendo concessões ao agressor antes mesmo de as conversas terem começado, ou ele realmente prefere a amizade de Putin aos nossos aliados europeus e aos corajosos democratas ucranianos.


Porque agora o governo Trump está se comportando de maneiras que incomodam muitos americanos patriotas — apunhalando pelas costas uma nação em luta pela liberdade, a Ucrânia, cortando seus vitais fornecimentos de armas dos EUA e tentando extorquir seus minerais, antes mesmo de a Rússia ter concordado com um cessar-fogo.


Imagine que Trump estava tentando vender uma Trump Tower a um russo — vamos chamá-lo de Vladimir — e Trump trouxe seu banqueiro. O que Trump pensaria se, antes de a negociação começar, seu banqueiro proclamasse: “Donald, você não tem cartas, acabamos de cortar sua linha de crédito, e antes mesmo de deixarmos você começar a negociar para vender este prédio, você precisa tirar uma segunda hipoteca sobre ele e me dar todo o dinheiro.”


Isso é exatamente o que Trump fez com Volodmir Zelenski. Algo não cheira bem nesta história. Não sei onde termina, mas sei onde começa: Quando se trata da defesa da liberdade, o Presidente Trump não compartilha os valores dos melhores de seus 44 antecessores. E se isso estiver correto, os ucranianos, no final, nunca comprarão o que Trump está vendendo. Nossos aliados europeus também não.


Só Putin talvez compre, mas, como Trump disse em seu discurso, para fazer a paz, “Você tem que falar com ambos os lados.” Ele se referia a Putin, mas Trump deveria realmente começar com nossos próprios aliados. Eles são os que não o entendem. Putin entende

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros

  " O livro de Marshall B. Reinsdorf e Louise Sheiner oferecem, em The Measure of Economies: Measuring Productivity in an Age of Technological Change, uma análise pertinente e necessária ao panorama económico contemporâneo. Este trabalho, publicado em 2024, desafia os métodos tradicionais de medição do PIB, argumentando que as práticas do século XX são inadequadas para avaliar a produtividade no contexto do século XXI, marcado pela transformação tecnológica. Com capítulos assinados por peritos em economia, a obra não se limita a apresentar os problemas inerentes às práticas actuais, mas propõe alternativas inovadoras que abrangem áreas como a economia digital, os cuidados de saúde e o ambiente. A estrutura é equilibrada, alternando entre a crítica aos métodos estabelecidos e as propostas de solução, o que proporciona uma leitura informativa e dinâmica. Um dos pontos fortes deste livro é a sua capacidade de abordar questões complexas de forma acessível, sem sacrificar a profundidad...

Já deu...

  Fernando Haddad, mais um poste criado pelo Deus Lula, disse que o cidadão é o "maestro da Orquestra". Estamos fufu. Lula não tem mais a mínima condição de ser maestro de nada, nem da sua casa, em quem manda é a Janja. É o ocaso de um projeto de poder, do lulo-petismo, que foi se transformando num culto fajuto à personalidade, nas piores personificações das ditaduras corruptas de esquerda. Lula já não consegue concatenar ideias, está cansado e sim, mto velho. Já deu.

Guerra comercial pesada