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Diário de um economista (2)

Por estes dias, estava me recordando sobre a minha experiência no mestrado acadêmico da UFF.

Me lembro que fiquei alguns meses estudando no IMPA e frequentando um excelente curso no Enscyc da FGV no noturno. Passei bem, em quarto lugar, no exame da Anpec, mas fui me decepcionando ao longo da caminhada.

Não por alguns excelentes professores de Macro póskeynesiana (Cardim, principalmente), métodos quantitativos, micro, a moldarem minha formação, mas pelo erro crasso num curso ministrado, de Economia Política.

Este acabou sendo, ao meu ver, o grande equívoco do Mestrado Acadêmico da UFF nos anos 90. 

Passados tantos anos, tenho a leitura que um curso como este deva abordar a Evolução do Pensamento Econômico, nas suas várias nuances e tempos, desde Adam Smith, passando pelos clássicos como Malthus e David Ricardo, até chegar nos novos keynesianos da atualidade. 

Podemos abordar a contribuição de Karl Marx, dada a eclosão da Revolução Industrial, nas suas contradições e conturbadas relações "capital trabalho", a partir do surgimento dos socialistas utópicos, a emergência de Proudhon e outros.

Marx seria, então, o ator principal deste "refletir" sobre as contradições do nascente capitalismo industrial de então, mas é preciso "contextualizar", o que não aconteceu neste curso de Economia Política.

Aliás. Depois dos neoclássicos, tínhamos que ter estudado Marshall, Walras, dentre outros, até chegar a John Maynard Keynes, não esquecendo a contribuição de Allors Schumpeter.

Foram, portanto, dois períodos sub-aproveitados no mestrado da UFF (Economia Política 1 e 2).

No todo, no entanto, posso afirmar que este mestrado da UFF foi enriquecedor.

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