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News 0603

 🏦 *TARIFAS E DADOS FRACOS DOS EUA SEGUE INFLUENCIANDO MERCADOS*


Os líderes europeus aumentam gastos militares diante da incerteza sobre o apoio dos EUA à OTAN, elevando expectativas para o BCE. O mercado prevê um corte de juros na zona do euro (de 2,75% para 2,50%) na reunião desta quinta-feira (10h15), mas Lagarde pode adotar tom cauteloso na coletiva (10h45). Nos EUA, dados fracos do ADP reforçam apostas em um corte de 75bps nos juros este ano, derrubando o dólar. Trump mantém volatilidade nos mercados com sua política de tarifas, enquanto investidores se apegam aos dados econômicos, com o payroll sendo o foco da semana. Wall Street reage bem à perspectiva de juros mais baixos, impulsionada por índices de atividade resilientes e o Livro Bege apontando leve crescimento.


*TARIFAS NO BRASIL* - Com a sobretaxa de 25% sobre o aço nos EUA prevista para 12/03, o setor siderúrgico brasileiro busca renovar o acordo de cotas fechado em 2018. O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, aposta na reunião de hoje (17h30) entre Geraldo Alckmin e o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, para manter a exportação de 3,5 milhões de toneladas de aço semiacabado sem tarifas. O Brasil é o maior fornecedor de placas de aço para os EUA e grande importador de carvão siderúrgico americano (US$ 1,4 bi em 2024), reforçando a relevância econômica da parceria. O governo Lula acredita que o foco das tarifas dos EUA está no etanol, com baixo risco para carnes e café.


*FRIGORÍFICOS* - O Goldman Sachs alerta que a escalada da guerra comercial entre EUA e China pode afetar o setor de proteína animal na América Latina, elevando os custos de ração no Brasil devido às tarifas chinesas sobre a soja americana. Isso impactaria negativamente a BRF, enquanto a JBS poderia compensar a suspensão temporária das importações chinesas de carne bovina redistribuindo suas exportações. As novas tarifas dos EUA sobre produtos do Canadá, México e China geraram retaliações chinesas de 10% a 15% sobre produtos agrícolas dos EUA. O impacto no mercado de carne bovina americano deve ser limitado, mas as represálias do México podem afetar exportações de milho e frango. O Canadá ameaça impor tarifas de CA$ 155 bilhões sobre produtos americanos, mas ainda não indicou restrições a commodities essenciais para os EUA.


*MERCADO* - O mercado reagiu positivamente à sinalização da Casa Branca de aliviar temporariamente tarifas sobre veículos do Canadá e México, ao otimismo com os cortes de juros do Fed e à meta de crescimento de 5% da China. O dólar caiu quase 3%, fechando a R$ 5,75, e o real foi a moeda que mais se valorizou globalmente. Nos EUA, o Dow Jones (+1,14%), S&P 500 (+1,12%) e Nasdaq (+1,46%) subiram. O Ibovespa avançou 0,19%, mas foi contido pela queda de 2,5% do petróleo, que derrubou a Petrobras (ON -4,61%, PN -3,65%). A Vale (+0,80%) e bancos como Bradesco (+2,05%) e Itaú (+1,50%) sustentaram parte dos ganhos. As negociações de paz entre Rússia e Ucrânia também voltaram ao radar, com Zelensky sinalizando abertura ao diálogo sob liderança de Trump.

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