JP Morgan Partes 1 e 2

 J.P. Morgan sobre economia do Brasil - Part 1 and 2

 

Na última sexta-feira, o J.P. Morgan realizou uma teleconferência com sua equipe de economia do Brasil para discutir as perspectivas econômicas para 2025 e atualizações sobre o mercado financeiro. 


Principais Conclusões


A economia brasileira pode ser definida como desafiadora em 2025, diante da desaceleração do crescimento, da inflação persistente e das preocupações com a trajetória da dívida pública. O principal ponto de atenção segue sendo o crescimento econômico.


▪️ Crescimento em desaceleração: A projeção é que o PIB passe de 3,5% em 2024 para 2,2% em 2025. Embora o número ainda seja sólido, grande parte do crescimento vem do setor agrícola, exigindo uma análise mais cautelosa.


▪️ Inflação em alta: A inflação continua pressionada por três fatores principais: serviços, bens duráveis e alimentos.


▪️ Política monetária: Para que o Banco Central antecipe um corte nos juros, o real precisaria se valorizar para aproximadamente R$ 5,70 por dólar, um nível que não acreditamos ser sustentável no médio prazo.


▪️O ambiente fiscal não deve impulsionar o crescimento neste ano. Reformas estruturais amplas não são esperadas, mas algumas iniciativas podem avançar, como a expansão de empréstimos consignados para servidores públicos.


▪️ Impacto das tarifas dos EUA: O Brasil pode ser afetado direta e indiretamente por novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Diferente de 2018, o país tem menos espaço para se beneficiar de tensões entre EUA e China, e alguns setores brasileiros podem ser prejudicados.


▪️ Mercado financeiro: O forte rali de janeiro foi motivado por fatores técnicos e conjunturais, sem uma melhora estrutural significativa. Os preços dos ativos continuam atraentes, como nos últimos três anos, mas grande parte do movimento positivo já ocorreu. O fortalecimento do índice DXY (dólar) e o fechamento da curva de juros local reforçam essa perspectiva.

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