Call Matinal JHN Consulting 0402
04/02/2025
Julio Hegedus Netto, economista
MERCADOS EM GERAL
FECHAMENTO (03/02)
MERCADOS
O Ibovespa, na segunda-feira (03), fechou em queda de 0,13%, a 125.970 pontos, refletindo as incertezas sobre o cenário trumpista e a guerra comercial. Já o dólar à vista operou em queda de 0,38%, a R$ 5,81, em sua décima primeira queda seguida.
Ontem, o governo americano resolveu adiar por um mês a tarifa de 25% para o México e o Canadá. Na China, começaram as represálias, com uma série de produtos americanos sobretaxados. Em paralelo, Trump prometeu um acordo com a China e quer agora conversar com Xi Jinping.
PRINCIPAIS MERCADOS, 7h00
Índices futuros dos EUA operam em baixa nesta terça-feira (04) após a China aplicar tarifas sobre as importações dos EUA, em retaliação às taxas dos EUA sobre as exportações de Pequim (de 10%). Foram aplicadas tarifas de até 15% sobre as importações de carvão e gás natural dos EUA, além de um aumento de 10% nos impostos sobre petróleo, equipamentos agrícolas e carros selecionados, a partir de 10 de fevereiro. Vamos monitorando.
EUA:
Dow Jones Futuro, -0,26%
S&P 500 Futuro, -0,21%
Nasdaq Futuro, -0,14%
Ásia-Pacífico:
Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão), +0,72%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,83%
Kospi (Coreia do Sul), +1,13%
ASX 200 (Austrália), -0,06%
Europa:
FTSE 100 (Reino Unido), -0,39%
DAX (Alemanha), -0,05%
CAC 40 (França), -0,08%
FTSE MIB (Itália), -0,37%
STOXX 600, -0,27%
Commodities:
Petróleo WTI, -1,60%, a US$ 71,99 o barril
Petróleo Brent, -0,99%, a US$ 75,21 o barril
Minério de ferro ,feriado na China 🇨🇳
NO DIA, 0402
Até onde deve ir a estratégia de “morde e assopra” de Donald Trump? Esta é a pergunta que todos se fazem neste momento. Todos sabemos que o “broker” imobiliário de Manhattan, hoje presidente dos EUA, Donald Trump, atua assim. Anuncia algo bombástico e intimidador, gera turbulências e depois senta para negociar. Sempre foi assim.
Ontem, depois do anúncio da tarifação de 10% sobre os produtos chineses, como represália, o governo chinês veio com tarifas de até 15% sobre as importações de carvão e gás natural dos EUA, além de um aumento de 10% nos impostos sobre petróleo, equipamentos agrícolas e carros selecionados, a partir de 10 de fevereiro. Anunciou também uma investigação mais estreita sobre a atuação da americana Google.
No Brasil, os discursos de Lula nas casas legislativas e no STF repercutem no esforço de tentar “reancorar as expectativas sobre o regime fiscal”. Objetivo aqui é reverter a perda de confiança depois do fraco pacote fiscal de novembro.
Mesmo antes da votação do Orçamento de 2025, já se discute na Fazenda uma estratégia de congelamento de despesas, visando iniciar o ano com um aperto fiscal maior, mirando o centro da meta de déficit zero, ao contrário do que foi feito no ano passado. O ministro Haddad argumenta que terá que “calibrar as despesas” neste ano diante da perspectiva de crescimento econômico mais fraco (menos arrecadação).
Nos bastidores, entre os economistas especialistas, a gestão tradicional do orçamento, de contingenciamento na “boca do caixa” e bloqueio de despesas, será o principal instrumento para a Fazenda entregar um resultado fiscal razoável neste ano. Em recente relatório sobre política fiscal, já se fala em contingenciar R$ 35 bilhões das despesas. Vamos acompanhando.
Julio Hegedus Netto, economista
Boa terça-feira a todos!
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