DEU NO ESTADÃO
José Neumane publicou Excelente e Necessária Matéria, contra o Descalabro que assola o Brasil.
Que envolve os Três Poderes.
Comentario:
Resumo do artigo “O Estado podre e a Nação emparedada” – José Nêumanne (2017)
Publicado em 2017, o artigo de José Nêumanne foi um grito de alerta potente sobre o estágio terminal da decomposição moral do Estado brasileiro. Denunciando a simbiose entre os três Poderes da República e os esquemas de corrupção, o autor desenha um retrato sombrio de um país afundado em cinismo, impunidade e aparelhamento institucional. Inspirando-se em Shakespeare, ele afirma que há algo de podre no Brasil oficial — e que a sociedade brasileira estava cercada, emparedada, sem forças para reagir. A Operação Lava Jato, naquele momento, representava uma última esperança para frear o colapso completo.
Destaques:
1. Impunidade crônica: O texto mostra como o foro privilegiado virou um mecanismo de autoproteção para políticos corruptos que desejavam manter o poder e a fortuna a qualquer custo.
2. Conluio institucional: Nêumanne denuncia como os Poderes se blindavam mutuamente para evitar investigações e punir exemplarmente apenas quando inevitável.
3. Aparato jurídico como escudo: O uso de manobras legais, chantagens regimentais e distorções no funcionamento do Parlamento e da Justiça reforçavam a cultura da impunidade.
4. Povo emparedado: O cidadão comum, sem foro, sem acesso e sem voz, assistia passivamente ao desmonte das instituições, enquanto os verdadeiros responsáveis seguiam ilesos.
Atualização e constatação:
Infelizmente, o alerta de Nêumanne foi ignorado. O tempo não apenas confirmou suas previsões, como agravou o cenário. O crime organizado retornou ao poder — institucionalizado, mais ousado e mais blindado do que nunca. Cargos, orçamentos, estatais e até cortes superiores foram loteados, e a democracia tornou-se uma encenação onde os mesmos protagonistas de outrora continuam ditando as regras. O Estado não foi saneado; foi capturado. O povo não rompeu os muros que o emparedavam; apenas os pintou de outras cores.
Conclusão e chamada à ação:
O artigo foi um grito de alerta que a maioria preferiu ignorar. E o preço do silêncio coletivo foi alto: a repetição do ciclo. Neste momento, mais do que nunca, é preciso recordar, nomear os fatos e recusar qualquer normalização do absurdo. A história só se repete quando nos recusamos a aprendê-la.
Pergunta final:
Como fomos capazes de esquecer completamente o assalto perpetrado por 20 anos em apenas 5 anos e permitir que essa quadrilha organizada voltasse ao poder? Será que vamos permitir novamente que isso se repita ou vamos compartilhar essa lembrança de forma que nenhum brasileiro jamais se esqueça?
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