Pular para o conteúdo principal

Universidade pública brasileira

 Falta de investimento e pesquisa*faz 87% das universidades brasileiras 

caírem em ranking internacional*



USP também perde uma posição, mas ainda se mantém como a melhor entre as instituições da América Latina segundo CWUR


2.jun.2025 à 1h00

Atualizado: 2.jun.2025 às 8h59


Falta de investimento do governo e queda no desempenho de pesquisas acadêmicas fizeram com que 87% das universidades brasileiras caíssem no ranking internacional de instituições de ensino superior do Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR).


O CWUR é uma organização que fornece conselhos sobre políticas, ideias estratégicas e serviços de consultoria a governos e universidades para melhorar os resultados educacionais e de pesquisa.


Na edição 2025 do ranking, divulgado nesta segunda-feira (2), 46 das 53 universidades do país listadas no top 2000 tiveram queda. Segundo a instituição, "o principal fator para o declínio das universidades brasileiras é o desempenho em pesquisa, em meio à intensificada competição global de instituições bem financiadas".


Melhor universidade da América Latina, a USP (Universidade de São Paulo) também caiu na lista, do 117º para o 118º lugar. Mesmo assim, manteve sua posição de liderança no continente, à frente da Universidade Nacional Autônoma do México (282º), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro, 331º) e da Unicamp (Universidade de Campinas, 369º).


O CWUR informa que a USP teve declínios nos indicadores de qualidade de educação, empregabilidade, qualidade do corpo docente e pesquisa.


As sete instituições que subiram no ranking foram:


Universidade Federal do Rio de Janeiro [de 401º para 331º ]

Universidade Estadual de Campinas [de 370º para 369º]

Universidade de Brasília [de 836º para 833º]

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul [de 1396º para 1367º]

Universidade Tecnológica Federal do Paraná [de 1465º para 1455º]

Universidade Federal do Rio Grande [de 1677º para 1644º]

Universidade Federal do Triângulo Mineiro [de 1868º para 1836º]

"Com 53 universidades no ranking, o Brasil está bem representado entre as melhores universidades do mundo. No entanto, o que é alarmante é a queda das instituições acadêmicas devido ao enfraquecimento do desempenho em pesquisa e ao limitado apoio financeiro do governo", analisa Nadim Mahassen, presidente do CWUR.


"Enquanto vários países estão colocando o desenvolvimento da educação e da ciência no topo de suas agendas, o Brasil está lutando para acompanhar o ritmo. Sem financiamento mais forte e planejamento estratégico, o Brasil corre o risco de ficar ainda mais para trás no cenário acadêmico global em rápida evolução", alerta.


No ranking global, a americana Universidade de Harvard é, pelo 14º ano consecutivo, a principal do mundo. É seguida por outras duas instituições privadas dos EUA, MIT e Stanford, enquanto Cambridge e Oxford do Reino Unido –classificadas em quarto e quinto lugar, respectivamente– são as instituições públicas de ensino superior mais bem avaliadas do mundo. O restante do top dez global é completado por universidades privadas dos EUA: Princeton, Pensilvânia, Columbia, Yale e Chicago.


Apesar desse domínio de instituições norte-americanas, a China se tornou nesta edição o país com o maior número de universidades no top 2.000, com 346, superando justamente os EUA, que tem 319.


"Em um momento em que as universidades chinesas estão colhendo os frutos de anos de generoso apoio financeiro de seu governo, as instituições americanas estão lidando com cortes no financiamento federal e disputas sobre liberdade acadêmica e liberdade de expressão. Com os Estados Unidos superados pela China como o país com mais representantes nos rankings, sua reputação no setor global de ensino superior está sob séria ameaça", dispara Mahassen.


O CWUR analisou 74 milhões de pontos de dados baseados em resultados para classificar universidades de todo o mundo de acordo com quatro fatores: qualidade da educação (25%), empregabilidade (25%), qualidade do corpo docente (10%) e pesquisa (40%). Este ano, 21.462 universidades foram classificadas, e aquelas que ficaram no topo entraram na lista Global 2000, que inclui instituições de 94 países.


As 53 universidades brasileiras do top 2000:


1) Universidade de São Paulo [▼118º]

2) Universidade Federal do Rio de Janeiro [▲331º]

3) Universidade de Campinas [▲369º]

4) Universidade Estadual Paulista [▼454º]

5) Universidade Federal do Rio Grande do Sul [▼476º]

6) Universidade Federal de Minas Gerais [▼497º]

7) Universidade Federal de São Paulo [▼617º]

8) Fundação Oswaldo Cruz [▼668º]

9) Universidade Federal de Santa Catarina [▼727º]

10) Universidade Federal do Paraná [▼783º]

11) Universidade de Brasília [▲833º]

12) Universidade do Estado do Rio de Janeiro [▼870º]

13) Fundação Getúlio Vargas [▼880º]

14) Universidade Federal de Pernambuco [▼887º]

15) Universidade Federal do Rio Grande do Norte [▼951º]

16) Universidade Federal do Ceará [▼961º]

17) Universidade Federal de São Carlos [▼966º]

18) Universidade Federal Fluminense [▼982º]

19) Universidade Federal de Viçosa [▼984º]

20) Universidade Federal de Pelotas [▼986º]

21) Universidade Federal da Bahia [▼1024º]

22) Universidade Federal de Santa Maria [▼1031º]

23) Universidade Federal de Juiz de Fora [▼1090º]

24) Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) [▼1099º]

25) Universidade Federal de Goiás [▼1119º]

26) Universidade Federal do ABC [▼1122º]

27) Universidade Federal da Paraíba [▼1267º]

28) Universidade Federal do Espírito Santo [▼1268º]

29) Universidade Federal de Lavras [▼1284º]

30) Universidade Federal do Pará [▼1288º]

31) Universidade Federal de Uberlândia [▼1294º]

32) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) [▼1330º]

33) Universidade Federal de Mato Grosso do Sul [▲1367ª]

34) Universidade Estadual de Maringá [▼1368º]

35) Universidade Federal de São João del-Rei [▼1385º]

36) Universidade Tecnológica Federal do Paraná [▲1455º]

37) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul [▼1506º]

38) Universidade Estadual de Londrina [▼1526º]

39) Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) [▼1558º]

40) Universidade Federal de Sergipe [▼1584º]

41) Universidade Federal do Rio Grande [▲1644º]

42) Universidade Federal Rural de Pernambuco [▼1691º]

43) Universidade Federal de Mato Grosso [▼1745º]

44) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro [▼1774º]

45) Pontifícia Universidade Católica do Paraná [▼1785º]

46) Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) [▼1831º]

47) Universidade Federal do Triângulo Mineiro [▲1836º]

48) Universidade Federal de Ouro Preto [▼1911º]

49) Universidade Federal de Campina Grande [▼1930º]

50) Universidade Federal de Alagoas [▼1946º]

51) Universidade Federal do Piauí [▼1950º]

52) Instituto Tecnológico de Aeronáutica [▼1994º]

53) Universidade Federal do Amazonas [▼1999º]


https://www1.folha.uol.com.br/amp/educacao/2025/06/falta-de-investimento-e-pesquisa-faz-87-das-universidades-brasileiras-cairem-em-ranking-internacional.shtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Call Matinal ConfianceTec

 CALL MATINAL CONFIANCE TEC 30/10/2024  Julio Hegedus Netto,  economista. MERCADOS EM GERAL FECHAMENTO DE TERÇA-FEIRA (29) MERCADO BRASILEIRO O Ibovespa encerrou o pregão na terça-feira (29) em queda de 0,37%, a 130.736 pontos. Volume negociado fechou baixo, a R$ 17,0 bi. Já o dólar encerrou em forte alta,  0,92%, a R$ 5,7610. Vértice da curva de juros segue pressionado. Mercados hoje (30): Bolsas asiáticas fecharam, na sua maioria, em queda, exceção do Japão; bolsas europeias em queda e  Índices Futuros de NY em alta. RESUMO DOS MERCADOS (06h40) S&P 500 Futuro, +0,23% Dow Jones Futuro, +0,05% Nasdaq, +0,24% Londres (FTSE 100),-0,46% Paris (CAC 10), -0,83% Frankfurt (DAX), -0,43% Stoxx600, -0,59% Shangai, -0,61% Japão (Nikkei 225), +0,96%  Coreia do Sul (Kospi), -0,82% Hang Seng, -1,55% Austrália (ASX), -0,81% Petróleo Brent, +1,20%, a US$ 71,97 Petróleo WTI, +1,29%, US$ 68,08 Minério de ferro em Dalian, +0,38%, a US$ 110,26. NO DIA (30) Dia de mais ind...

Matinal 0201

  Vai rolar: Dia tem PMIs e auxílio-desemprego nos EUA e fluxo cambial aqui [02/01/25] Indicadores de atividade industrial em dezembro abrem hoje a agenda internacional, no ano que terá como foco a disposição de Trump em cumprir as ameaças protecionistas. As promessas de campanha do republicano de corte de impostos e imposição de tarifas a países vistos como desleais no comércio internacional contratam potencial inflacionário e serão observadas muito de perto não só pela China, como pelo Brasil, já com o dólar e juros futuros na lua. Além da pressão externa, que tem detonado uma fuga em massa de capital por aqui, o ambiente doméstico continuará sendo testado pela frustração com a dinâmica fiscal e pela crise das emendas parlamentares. O impasse com o Congresso ameaça inviabilizar, no pior dos mundos, a governabilidade de Lula em ano pré-eleitoral. ( Rosa Riscala ) 👉 Confira abaixo a agenda de hoje Indicadores ▪️ 05h55 – Alemanha/S&P Global: PMI industrial dezembro ▪️ 06h00 –...

Prensa 2002

 📰  *Manchetes de 5ªF, 20/02/2025*    ▪️ *VALOR*: Mercado de capitais atinge fatia recorde no nível de endividamento das empresas                ▪️ *GLOBO*: Bolsonaro mandou monitorar Moraes, diz Cid em delação          ▪️ *FOLHA*: STF prevê julgar Bolsonaro neste ano, mas há discordância sobre rito     ▪️ *ESTADÃO*: Moraes abre delação; Cid cita pressão de Bolsonaro sobre chefes militares por golpe