Pular para o conteúdo principal

De um amigo da rede...

 De um amigo da rede...


"Há alguns anos alguns "inteligentes" dos EUA anunciaram que o país atingira o grau de economia "pós-industrial". Seria assim um polo desenvolvimento tecnológico de ponta, a viver não mais de produtos industrializados mas de royalties, pagos por consumidores de todo o mundo. Assim, os EUA repassariam a outros países em desenvolvimento as suas indústrias e investiria apenas em inovações tecnológicas nas áreas de TI, informática e diversas outras pesquisas de ponta. Daí a origem do Vale do Silício, na Califórnia.

Durante décadas este modelo funcionou. Creio que até agora, quando surge, de fato e direito, uma potência emergente como a China, a segunda economia do mundo. 

Os EUA que, após a II Guerra Mundial, contava com cerca de 400 estaleiros navais, atualmente tem apenas 30. Um único estaleiro chinês atualmente produz mais navios que estes 30 estaleiros remanescentes dos americanos. A Coreia do Sul já ofereceu exportar 30 'destroyers' à Marinha norte-americana, nestes tempos bicudos, em que a Europa se prepara para a II Guerra Mundial.

A indústria automobilística americana mingou. Até os anos 60 Detroit abastecia o mundo com os seus carros.  Hoje, veículos  japoneses e coreanos, além dos italianos e alemães, ganharam a preferência dos consumidores americanos e do mundo inteiro. Trump almeja reverter este quadro, com a retomada de um parque industrial, como existia na II Guerra. 

A fase pós-industrial dos EUA, entretanto, não deu errado. Os mais recentes dados da economia norte-americana destacam que a California, se fosse um país, atualmente seria o quarto mais rico do mundo. Os cidadãos do estado mais pobre dos EUA, o Mississipi, têm hoje uma renda per capita maior que a dos franceses.

Mas o fato é que deu errado a desindustrialização do país, hoje dependente da produção de chips de Taiwan, ilha cercada pelos chineses, que a tratam como reles província desobediente e ameaçam invadi-la. 

Muitos países, como o Japão e os EUA, querem atrair indústrias produtoras de chips. Um único veículo moderno pode usar mais de mil destes componentes na parte elétrica. A demanda cresce exponencialmente e, no futuro, com a expansão da internet, veículos elétricos, processamento de dados, na aeronáutica, na corrida espacial e na medicina, o mundo está cada dia mais ávido por computadores mais poderosos, e este setor não conseguirá atender a demanda. Já há  aumento do mercado de veículos usados nos EUA e em outros países.

Este quadro explica, em parte, a reviravolta da economia mundial causada por Trump. A dependência do país por itens importados, com tributos cada vez mais altos, causou esta reviravolta. Era agora ou nunca mais!

O Brasil? Ora, continuaremos a exportar matérias-primas, grãos e outras commodities. O parque industrial local míngua a cada dia, e a população prefere viver de repasses oficiais. Há estados com mais habitantes vivendo de bolsa familia que trabalhando com carteira assinada."

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros

  " O livro de Marshall B. Reinsdorf e Louise Sheiner oferecem, em The Measure of Economies: Measuring Productivity in an Age of Technological Change, uma análise pertinente e necessária ao panorama económico contemporâneo. Este trabalho, publicado em 2024, desafia os métodos tradicionais de medição do PIB, argumentando que as práticas do século XX são inadequadas para avaliar a produtividade no contexto do século XXI, marcado pela transformação tecnológica. Com capítulos assinados por peritos em economia, a obra não se limita a apresentar os problemas inerentes às práticas actuais, mas propõe alternativas inovadoras que abrangem áreas como a economia digital, os cuidados de saúde e o ambiente. A estrutura é equilibrada, alternando entre a crítica aos métodos estabelecidos e as propostas de solução, o que proporciona uma leitura informativa e dinâmica. Um dos pontos fortes deste livro é a sua capacidade de abordar questões complexas de forma acessível, sem sacrificar a profundidad...

Já deu...

  Fernando Haddad, mais um poste criado pelo Deus Lula, disse que o cidadão é o "maestro da Orquestra". Estamos fufu. Lula não tem mais a mínima condição de ser maestro de nada, nem da sua casa, em quem manda é a Janja. É o ocaso de um projeto de poder, do lulo-petismo, que foi se transformando num culto fajuto à personalidade, nas piores personificações das ditaduras corruptas de esquerda. Lula já não consegue concatenar ideias, está cansado e sim, mto velho. Já deu.

Guerra comercial pesada