Um breve retrospecto.
Bolsonaro "viveu" 28 anos no Congresso, preocupado apenas com um
objetivo, se reeleger e defender as corporações militares. Foi um deputado
"corporativista", defendendo interesses bem focalizados e específicos.
Sua produção legislativa foi medíocre. Digamos que ele sentava nos fundos do
"baixo clero". Nada de relevante produziu nestes anos, nenhuma lei,
nada.
Apenas brigava pelos militares e pregava uma
agenda conservadora de costumes.
Em 2015, quando o país ingressou no segundo ano de recessão, provocada por uma
sucessão de erros de política econômica do governo Dilma, Bolsonaro, e seus
seguidores, montaram uma estratégia de redes sociais para se tornar “o
candidato anti-PT”, “o candidato anti-sistema”.
Com
a Operação Lava-Jato fazendo estragos nas hostes, tanto do PT, como dos
partidos “satélites”, e com Lula preso, o atual presidente tornou-se
rapidamente um "fenômeno das redes". Bem aproveitou este “vácuo”.
Lembremos inclusive, que antes do pedido de prisão, Lula liderava nas pesquisas
eleitorais, com Bolsonaro “meio” que embolado com Ciro Gomes, Marina e outros.
Depois, houve o estranho atentado (a mando de quem?), a facada, e ele acabou
"beneficiado", pois em torno dele, estimulado pelas pregações
evangélicas, surgiu a "idéia" de que tinha sido o
"escolhido".
Ingressamos
no segundo turno das eleições com a polarização dos extremos, pela esquerda e a
direita, Bolsonaro foi “poupado” de participar dos debates contra o PT, de
Fernando Haddad e, ao fim, num sentimento anti-PT generalizado, acabou eleito.
Houve uma breve transição, foram chamando alguns expoentes da sociedade, muitos
recusaram, outros, meio de lado, constrangidos, ficaram de pensar.
Acabou
conseguindo formar um ministério razoável. Um super ministro para a Economia foi
escalado Paulo Guedes. Com ele, vieram vários bons quadros, como Castello
Branco na Petrobras, Sallim Mattar nas Privatizações, André Beltrão no BB, Mansueto
Almeida na gestão pública, etc.
Sergio Moro foi convidado e, pronto, talvez, seu grande erro de cálculo, aceitou a missão de Ministro da Segurança e da Justiça. Depois veio sua demissão, diante das crescentes interferências do presidente na sua pasta. O pacote contra a justiça, por exemplo, foi muito "desidratado".
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