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Recuperação lenta, pressão contra o governo, milicianos e polarização

Parece-me claro que a economia não decola em função do conturbado ambiente político, com crises diárias e, muitas vezes, plantadas pela oposição, ou as viúvas dos governos anteriores.

A cada dia é uma crise. Tudo bem. Até destaco a inabilidade do presidente Bolsonaro no trato com a "prensa", mas é perceptível a má vontade dos jornalistas, sempre a provocar. Vamos aos fatos.

Será que Jair Bolsonaro e família tem ligações com os milicianos? Isso me parece óbvio. Quem são os milicianos?  Originalmente, são militares, policiais, bombeiros, que possuem um baixo rendimento e são obrigados a "dividir residência" com os traficantes nas comunidades. Como ser policial militar, por exemplo, e ser vizinho de um traficante que pode pegá-lo a qualquer momento? Como viver assim? Familiares, filhos, expostos? Daí o surgimento dos milicianos que começaram a se unir para colocar ordem nas comunidades. O que se tem aqui, óbviamente, são as pessoas tomando decisões em paralelo ao Estado. Como este se omite, esta passa a ser a única solução.

Parece-me claro, no entanto, é que estes milicianos perderam o controle nas principais comunidades do Rio de Janeiro, e hoje vivem de extorquir os pobres moradores das comunidades.

Na verdade, o Rio é uma panela de pressão, sempre prestes a explodir. No outro extremo temos o tráfico de drogas tomando conta de várias comunidades. Ambas são tão ilegais quanto, cometendo vários delitos, assassinatos e chantageando os moradores.

Voltando à economia, observa-se a retomada muito lenta, o desemprego, em torno de 12 milhões, com a taxa parada nos 11% da PEA, a informalidade chegando a 40% e muitos ainda em desalento. A atividade reage muito lentamente também, devendo ser impactada em função do coronavirus, piorando o fluxo de insumos importados para as empresas de eletroeletrônico. Algumas estão prestes a fechar, dada a falta destas peças. Neste clima de nervosismo pelos riscos de pandemia do coronavirus, se comenta que o PIB não deve crescer mais do que 2%.

Neste clima, o dólar já passa de R$ 4,50, mesmo com a inflação em baixa. Para tornar o ambiente mais volátil, temos juro básico de 4,5%, reduzindo o spread entre juro externo e interno, afastando os investidores externos, Decorrente disso, já são US$ 30 bilhões retirados de investidores externos.






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