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Amilton Aquino

 Para cada problema complexo, existe uma solução simples… e estúpida, já dizia o jornalista norte-americano H. L. Mencken. E foi exatamente isso que Trump fez nesta semana. O mercado relutou em acreditar, até o último minuto, que algo tão estúpido realmente aconteceria. Mas aconteceu. As bolsas norte-americanas, obviamente, despencaram, arrastando consigo os mercados do mundo todo. E qual foi a fórmula encontrada por Trump para justificar tais aumentos de tarifas? Simples: ele listou os países com maior superávit percentual com os EUA e aplicou categorias de taxação. As mais altas, como no caso do pobre Camboja, que sofreu uma tarifa de 49%, até as mais baixas, como a de 10% imposta ao Brasil — um dos poucos países com o qual os EUA ainda têm leve superávit comercial. Genial! Os EUA adotando a fórmula brasileira de industrialização. A economia mais aberta do mundo, com um dos melhores índices de produtividade, imitando uma das mais fechadas, com produtividade estagnada há décadas. ...

Resumo

 📊 Resumo da Semana  A semana termina com uma guerra comercial declarada entre EUA e China. A disputa entre as duas maiores economias do mundo vem agravar o cenário já preocupante de uma recessão global, desenhado após o anúncio das tarifas “desconcertantes” de Donald Trump, especialmente sobre produtos asiáticos. O Brasil até que saiu relativamente ileso da guerra de Trump, com uma tarifa recíproca de “só” 10%. Mas, a possibilidade de um choque na economia chinesa reacendeu a luz amarela por aqui, visto que o país é o principal mercado de vários produtos brasileiros, especialmente commodities. Até Jerome Powell se viu obrigado a mudar seu discurso, admitindo que a inflação das tarifas poderá não ser “transitória”. Ele também reforçou o “mantra” de que o Fed não tem pressa para mexer na política monetária.  Bom fim de semana! (Téo Takar) 📰 Jornal do Investidor  📚 MZ Investimentos                      🗞 O seu ...

Ordem econômica global

 A visão de Scott Bessent e Stephen Miran para remodelar a ordem econômica mundial reflete uma abordagem estratégica que combina políticas econômicas agressivas com uma reorientação do papel dos Estados Unidos no comércio global, embora suas ideias nem sempre estejam perfeitamente alinhadas ou totalmente implementadas na prática pelo governo Trump em 2025. Bessent, como Secretário do Tesouro dos EUA, e Miran, um ex-conselheiro econômico sênior do Tesouro e coautor de um influente artigo econômico, compartilham a crença de que o sistema econômico internacional precisa ser ajustado para priorizar os interesses americanos, mas suas perspectivas diferem em detalhes e execução. *Visão de Scott Bessent:* Bessent defende uma reestruturação do sistema econômico global que fortaleça a posição dos EUA, usando ferramentas como tarifas e políticas fiscais para "rebalancear" as relações comerciais. Ele vê as tarifas não como um fim, mas como um meio de pressionar outros países a negociar ...

S&P coloca em observação

 S&P coloca rating do BRB em observação após compra do Master, com incertezas sobre novo banco 17:58 03/04/2025  Por Matheus Piovesana São Paulo, 03/04/2025 - A agência de classificação de risco S&P colocou as notas de crédito (ratings) do Banco de Brasília (BRB) em observação devido ao anúncio da compra de 58% do capital do banco Master. De acordo com a casa, os aspectos da transação e a estrutura de capital do novo conglomerado ainda são incertos, o que torna incerto o impacto que a compra terá para o banco público. "Precisamos de uma maior clareza na estrutura consolidada do grupo após a aquisição, além de detalhes sobre a reorganização do banco Master, para estimar o impacto sobre a estrutura de capital, a exposição de risco e os perfis de negócio e de financiamento do BRB", afirmam os analistas. A nota global do BRB na S&P é B, e a local é brA+/brA-1. Estas foram as notas colocadas sob observação nesta quinta-feira, 3. O Master não é avaliado pela S&P. De...

Mudanças no FGC

 Fontes: Grandes bancos privados pedem ao BC mudanças nas regras do FGC 17:15 03/04/2025  Por Matheus Piovesana e Cícero Cotrim São Paulo e Brasília, 03/04/2025 - Os grandes bancos privados querem apertar as regras de contribuição ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) por instituições mais expostas. A proposta foi formulada antes da compra do Banco Master pelo BRB, vista nos bastidores do setor como um resgate da instituição comandada por Daniel Vorcaro pelo banco público de Brasília. Segundo apurou o Broadcast junto a fontes que falaram reservadamente, os grandes bancos solicitam ao Banco Central que seja reduzido de 75% para 50% o volume de captação garantida pelo FGC que obriga uma instituição a fazer contribuições adicionais ao Fundo. Além disso, os bancos querem aumentar a alíquota adicional de 0,01% dos depósitos garantidos pelo FGC para 0,10% do total. As informações foram antecipadas pela Folha de S.Paulo e confirmadas pelo Broadcast. O FGC recebe contribuições de toda...

JP Morgan

 JPMorgan aumenta risco de recessão global e dos EUA de 40% para 60% após tarifas Sydney, 03/04/2025 - Os riscos de uma recessão nas economias global e dos EUA subiu de 40% para 60% com o anúncio esta semana do novo e abrangente regime tarifário de Donald Trump, de acordo com o JPMorgan. “As políticas disruptivas dos EUA foram reconhecidas como o maior risco para as perspectivas globais durante todo o ano”, disse Bruce Kasman, economista-chefe e chefe de pesquisa econômica global do JPMorgan. “As últimas notícias reforçam nossos temores, pois a política comercial americana se tornou decisivamente menos favorável às empresas do que havíamos previsto”, acrescentou. A perspectiva do banco para 2025 reconheceu que o governo Trump agiria agressivamente em várias frentes, mas incorporou seu compromisso subjacente de apoiar os negócios e a vida da expansão econômica, disse Kasman. A questão é que “a combinação de políticas dos EUA parece estar se afastando ainda mais do apoio à expansão a...