quinta-feira, 19 de março de 2020

LUIS A. ESTEVES, PHD

MAIS MANCUR OLSON, MAIS ELINOR OSTROM

"COLLECTIVE ACTION TO AVOID CATASTROPHE: WHEN COUNTRIES SUCCEED, WHEN THEY FAIL, AND WHY"
By Scott Barrett (SIPA, Columbia University)
Global Policy, Volume7, IssueS1, May 2016: Pages 45-55

https://lnkd.in/ep_kuPh

POLICY IMPLICATIONS
# The ability of countries to organize to avoid catastrophes depends critically on uncertainty about the threshold, or tipping point, for catastrophic change.
# When this uncertainty is small, avoiding catastrophe requires coordination – something countries are very good at doing.
# When this uncertainty is large, collective action requires enforcement of a cooperative agreement – something countries are very bad at doing.
# Enforcement can be enhanced by countries ceding some sovereignty – and yet, historically, countries have been unwilling to do this without having first experienced a catastrophic outcome.
# In some cases it may be possible to devise strategies that transform a collective‐action problem into a coordination game.


Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Impactos da epidemia podem ser reduzidos, por Marcelo Cirne de Toledo

São cada vez maiores e mais frequentes as decisões de autoridades fiscais e monetárias para tentar sustentar suas economias.

Não podemos perder de vista, contudo, que a raiz do problema continua sendo uma questão de saúde pública. Ou seja, a resposta mais importante deve vir dos sistemas de saúde.

China e outros países (Coreia, Taiwan, Japão, Singapura e outros) já desenvolveram e implementaram um sistema que chamo de “microtargeting” de monitoramento e isolamento dos casos.

Não há nada no campo fiscal ou monetário que substitua isso. Os países que conseguirem copiar esse sistema de controle é que terão maior sucesso em limitar os efeitos econômicos. Durante o período de desenvolvimento de um tratamento e uma vacina, essa é a ação mais relevante, para a qual nenhum país deverá poupar recursos. É possível controlar a epidemia, portanto, sem restrições extremas à mobilidade social e econômica.

Preocupação das pessoas, nas redes sociais, com a crise do virus Covid 19

Volatilidade nas alturas...




Mercados Globais (Daily News) – Passos importantes foram dados, outros ainda são necessários.

Por estes dias tivemos novamente uma intensa atuação dos bancos centrais. Além dos já ordinários cortes de juros, vimos nova atuação do ECB, na Europa, e do Fed, nos EUA, com o anúncio de novos programas de estabilização. Contudo, primeiro, vamos falar sobre Brasil.

"Mercados globais sentindo o tranco. O q o mercado mais detesta é a falta de horizontes, de previsibilidade. O Covid 19 é o imponderável, o imprevisível, a incerteza. Nada disso agrada aos investidores. Por outro lado, a China já começa a colher os resultados das suas ações, mas lá a disciplina é algo impressionante. País pós socialista, manja? Vejam o doc "Industria Norte´-Americana" no NETFLIX."

https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/03/daily-news-passos-importantes-foram.html

IVO CHERMONT

Eu não gostei da decisão do Banco Central ontem.
Na minha opinião, estamos diante de um choque de demanda muito violento, muito desinflacionário, nosso PIB está indo pra negativo em 2020 e o 2Q em particular deve surpreender muito até os pessimistas do BC.
E o câmbio? Pra isso existem reservas. O BC passou os últimos 50 anos tentando nos ensinar que ele separa os instrumentos cambiais e monetários. Cada um no seu quadrado.
Essa diretoria tem nos mostrado ser do tipo hawk. Sempre com uma retórica mais dura, sugerindo uma trajetória para os juros acima do que os dados requerem. A boa notícia é que eles se rendem aos fatos quando eles se apresentam.
E é isso que acho que vai acontecer dessa vez. BC cortou 50, diz que cenário base é manutenção na próxima. Mas, acho que quando eles se reunirem no dia 6 de maio, os dados Corona-based serão tão violentos que ele não terá alternativa que não cortar mais 50.

PS. Não faz parte do cenário base da quantitas, que eh 2x50, com selic final em 2,75%, mas arma na cabeça, eu acho que o mercado e o próprio bc vão pensar e discutir se vale uma extraordinária em algum momento de abril.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Direto do Alentejo by Julio Hegedus

Tento decifrar o comportamento do presidente por estes dias de emergência mundial devido ao Convid 19, já considerado pela OMS uma pandemia mundial. Tudo por causa do esforço dele de relativizar a situação, criticando a histeria da sociedade, falando que o virus mortal é uma "fantasia" ou uma "gravidez". "Daqui a pouco vai passar".
Tudo bem. Todo virus é temporário, mas é importante evitá-lo ao máximo e tomar todas as medidas precaucionais. Não dá para relativizar esta tragédia global.
E ela se torna ainda maior quando chegamos ao Brasil, no seu caos urbano, nas aglomerações sem o mínimo saneamento, nos riscos de uma espalhamento rápido, na saíde em colapso. O distanciamento social é uma necessidade e uma ordem. Não só aqui em Portugal, no Alentejo, na Alemanha, ao lado, na Espanha, na França, em todos os lugares!
No entanto, segue o capitão "surfando numa perigosa onda de irresponsábilidade".
Onde ele quer chegar? Por que faz pouco caso da gravidade da situação ??
A impressão que tenho é q ele tenta minimizar no esforço de não alarmar a população. Além disso, transmite um certo desequilíbrio cognitivo e também um tremendo complexo de inferioridade, a se mostrar incomodado com o éxito de algum ministro. A bola da vez agora é o Mandetta.
Na cabecinha de vento dele o ministro da Saúde já é mais falado do que ele opróprio e isso significa fazer sombra. Mas sombra à quê? Será q ele pode se tornar um real adversário para 2022? Diante disso, começa a desmerecer o ministro de ocasião, fazer pouco caso da sua atuação e até fritá-lo.
Façamos um balanço.
Ele fez isso com o pobre do Gustavo Bebbiano, então Secretário Geral, o Gen Mourão, q começou a se destacar por simples bom senso e equilíbrio nas intervenções, o Gen Santos Cruz, uma unanimidade de tão educado, depois o Sergio Mouro, o Paulo Guedes e agora o ministro da Saúde Mandetta. Ou seja, os ministros que se destacam são sabotados por fazer sombra ao seu egocentrismo boçal. Já os que se destacam negativamente, q bancam fanáticos, nesta política do ódio e confrontação, como o Weintraub e a Damares, são acolhido e não criticados pelo capitão.
Todos q tentem ter uma relação civilizada e republicana com a sociedade e se destacam por isso, começam a ser "sabotados".
Ele quer ministros servis e que mantenham este clima de campanha, de confrontação, na minha opinião, totalmente tolo e inútil. Cheguei a achar q esta era culpa da "prensa", mas observei também q ele caia em todas as provocações. Na verdade, ele se alimentava desta confrontação e destas provocações.
Acho q começa a errar e muito a partir daí.

terça-feira, 17 de março de 2020

Vai ter mais...


Trajetória explosiva


Cesar Benjamin

Hoje de manhã senti um desalento ao ver as fotografias de alguns espaços públicos no Rio de Janeiro durante o fim de semana: praias lotadas, uma multidão na mureta da Urca e assim por diante. Sem falar na manifestação dos idiotas.

Pensei: “Não vai dar.” Uma sociedade assim não é capaz de se defender. Se as pessoas não podem perder um dia de praia...

Acabo de conversar com a empregada da minha família. Ela mora em Caxias. A partir de hoje ficará em casa por tempo indeterminado, recebendo o salário, é claro.

Fiquei novamente desalentado: ela quase nada sabia sobre a epidemia iminente e disse que onde mora ninguém sabe nada. Traçou um quadro de absoluto despreparo, com atividades normais. Festas no final de semana. Transporte coletivo lotado, uns respirando sobre os outros.

Ficou surpresa com as informações que lhe demos sobre cuidados elementares.

Vai ser foda.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Notas de uma crise

[16/3 20:50] Aloísio Vileth: Isso me lembra 2008, não pelos fatos em si, mas pelas circunstâncias, que espero não se repitam... Eu estava trabalhando há pouco tempo na Ágora Corretora e, no final de 2007, os economistas que nós ouvíamos tinham o seguinte discurso... "2008 vai ser difícil no primeiro semestre, mas depois virá uma recuperação..."
[16/3 20:54] Aloisio Vileth: Todo mundo se lembra o que aconteceu em setembro de 2008...
[16/3 20:58] Felipe: A diferença é que agora vai afetar o comércio local de forma direta e cruel... a padaria, o restaurante, o cabeleireiro,  a barbearia, o cara que vende bala no sinal, enfim, todo mundo, e aí vem os bancos não recebendo e quebrando. É recessão na veia de forma mais direta impossível,  desemprego instantâneo numa economia já cambaleante.
[16/3 21:04] Haroldo: Sim. Muito pior que em 2008
[16/3 21:04] Haroldo: Não vai haver dinheiro para pagar salario
[16/3 21:10] Helio Darwich: Boa tarde. Cenário complicado. E de difícil planejamento e escolha de prioridades e eventuais ajudas governamentais.
[16/3 21:10] Helio Darwich: 2008 era crédito e banco. Agora.  Tudo
[16/3 21:27] Fernando Viana: É torcer pra ter a menor duração possível, 30 ou 60 do no máximo. Se durar mais, vai ser uma quebradeira geral.
[16/3 21:27] Felipe: 2008 , no primeiro dia, eu estava voando para EUA,  chegando lá vi o estrago na bolsa.
Gastei 700 reais de roaming de dados pra zerar minhas posições porque os stops tinham pulado... melhor coisa que fiz... dos males o menor...
[16/3 21:32] Alvaro Antonio do Cabo Notaroberto Barbosa: Pra não falar nas companhias aéreas.
[16/3 21:33] Fernando Viana: A Alitalia foi nacionalizada hoje.
[16/3 21:33]Júlio Hegedus. Importante observar q esta crise foi gerada por um fenômeno imprevisível, uma pandemia, atingindo a todos de forma quase q linear. Na outra, de 2008, era crise de crédito, q secou diante do risco de uma quebradeira bancária. Uma foi econômica, essa, não se sabe a extensão, é de saúde. Acaba logo? Tem ciclo de 3 a 4 meses? Esperemos q sim. Mas não se tem este diagnóstico com certeza. Em 2008 era risco elevado, mas quantificável. E agora? Predomina a incerteza.

Direto do Alentejo, by Julio Hegedus

Iniciamos um projeto nesta semana de comentar diversos temas em pauta na agenda do Brasil e do Mundo. Estarei aqui assumindo um papel que sempre gostei. Escrever sobre todos os temas, principalmente, economia. 

Nesta semana falaremos, claro do "Coronavirus" (Covid 19) e seus efeitos devastadores no Brasil e no mundo e sobre a economia. Como o governo brasileiro responde a isso?

Covid 19 e o Brasil. O Ministério da Saúde vem se mostrando prudente, cauteloso, mas as movimentações do presidente, nas manifestações de domingo (dia 15), meio que desautorizaram a postura do ministro Mandetta. A impressão q se tem é que quando um ministro "decola", o presidente "mete o pé", numa crise de ciúme. Campanhas antecipadas em São Paulo e no Rio já foram implantadas, buscando cessar a velocidade do virus. 

Estrutura da Saúde é problema. Um dos "nós" deste espalhamento perigoso do Corona é como atender os doentes, já que há limitações claras na oferta de leitos, principalmente, nas UTIs. Estas não possuem como responder a esta pandemia. Faltam inclusive a oferta de equipamentos à nível mundial. Neste momento, todas as UTIs se encontram ocupadas no RJ. 

"Pico" do Coronavirus. Comenta-se que o "pico" deve acontecer entre abril e maio, sendo explosivo na opinião da área de saúde. São 234 casos confirmados no momento (até segunda-feira). No domingo chegavam a 200. A liberação de recursos segue acontecendo. São R$ 400 milhões direcionados para Estados e Municípios. Mais de 2000 casos estão em observação.    

No mercado, segunda-feira foi de sell-off. Investidores saíram vendendo meio que numa onda de pânico. Tivemos o circuit breaker logo no início da manhã no Brasil. Tudo porque era percepção que a crise seria pior do que o esperado, depois das ações coordenadas dos bancos centrais, reduzindo suas taxas de juros. O Fed, por exemplo, zerou sua taxa de curto prazo no fim de semana

Como abriu o mercado hoje

A decisão do Fed de reduzir os juros dos Estados Unidos para perto de zero em pleno domingo lançou uma sombra de incertezas e indefinição sobre os mercados. O resultado, como não poderia deixar de ser, foi uma abertura com fortes quedas ao redor do globo nesta segunda-feira (16).

Na Ásia, o índice Nikkei - Tóquio, fechou com queda de 2,46%. Em Xangai, o SSE recuou 3,4%. Na Europa, as quedas foram mais fortes. O índice alemão Dax chegou a recuar 8,4% no pior momento do dia, e agora está em baixa de 8%. Na Inglaterra, o FTSE está em baixa de 6,9%. Os contratos futuros de S&P 500 estão caindo 4,8%.

Por aqui, o Índice Bovespa é de forte baixa. O "circuit breaker" foi acionado logo em seguida.

A decisão em cortar os juros americanos praticamente a zero apenas dois dias antes da reunião do Fed soou o alarme no mercado. O raciocínio dos investidores é simples: a autoridade monetária possui informações que não estão disponíveis aos demais participantes do mercado. E, ao anunciar uma decisão tão drástica, o Fed indica que a situação é muito pior do que se imaginava. Isso levou a mais um dia de pânico nos mercados internacionais, que deverá ter reflexos sobre o movimento das ações no Brasil. Para aumentar a incerteza, nesta semana haverá uma reunião do Copom, que deverá baixar os juros.

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...