sexta-feira, 6 de março de 2020

Crise de crédito no radar

Uma verdade inconveniente. O nível de endividamento global supera em muito o PIB mundial, isso serve de alerta para uma provável crise no mercado de títulos de dívida causada pela diferença entre, o custo de captação e os rendimentos dos títulos. A proximidade destas taxas, torna as operações de crédito menos atrativas por parte das instituições financeiras, podendo levar à uma crise de crédito como a de 2007/2008.

By Valor

quinta-feira, 5 de março de 2020

Mais uma década perdida



Ao que parece pelo gráfico do amigo Vitor Wilhein, perdemos mais uma década, nesta terminada no ano passado.

Foi um desempenho medíocre. Crescemos apenas 1,1% no ano passado, bem aquém do necessário.

Há de considerar como ponto de partida, a complicada eleição de 2014, quando da reeleição da presidenta Dilma Roussef, numa polêmica disputa com o PSDB. De lá para cá, não mais terminou o embate e polarizaçao do País. Entre 2014 e 2016 o PIB derreteu mais de 3,6%, e pouca recuperação houve depois do seu impeachment e a ascenção de Michel Temer. Isso porque a "turba" não aceitou os fatos e uma interminável disputa pelo poder se iniciou.

O problema é que depois de eleito Jair Bolsonaro, depois da facada em Juiz de Fora, muitos acharam que o País estaria alçando vôo para uma fase de prosperidade, o que não se confirmou. O capitão, muitas vezes, não soube (e não sabe) adminstrar a oposição sistemática da triade - prensa, classe média preconceituosa e esquerda festiva - e quase sempre, embarcou nas provocações.

Agora, neste ano, estamos esperando um crescimento mais robusto, em torno de 2,2%, podendo até ficar aquém disso, dado o ambiente político ainda polarizado e a coronavirus. 

quarta-feira, 4 de março de 2020

Regina Duarte: "somos mãos de um só corpo, uma só nação"

Regina Duarte sempre foi iluminada. Foi carismática e magnética. Como "namoradinha do Brasil" nos anos 70 foi uma das principais atrizes da Globo. Fez par com tantos grandes atores, a lembrar Francisco Cuoco, dentre tantos.

Agora foi nomeada Secretaria Especial de Cultura. Vi seu discurso de posse. Gostei, embora tenha achado tola em alguns momentos.

Eu aqui em Ébora, nas profundezas do imenso Alentejo, meio que num exílio voluntário, vi nela uma senhora alto astral, totalmente desarmada deste ranço revanchista, meio órfão das benésses dos governos anteriores.

Regina mostrou a que veio. Fez um discurso simpático, se voluntariou pronta para a missão. Filha de militar e de mãe professora de piano, se mostrou uma pessoa normal, sem equívocos, embuída de um propósito.

Mostrou também uma pessoa que deverá ter que ter muito "jogo de cintura" para negociar com todos os segmentos da sociedade, visto que a cultura nada mais é do que a expressão, a MANIFESTAÇÃO desta.

Uma das suas missões será descentralizar a alocação de recursos, passando pela LEI ROUANET, numa melhor distribuição de recursos nos rincões deste grande País, resgatando costumes e tradições. Não só do "mundo global", mas sim lá nos recondidos do Nordeste, no Centro do País, no extremo Sul, na profunda Amazonas. Mas por que não pensar das manifestações também da região Sudeste?

E os grandes espetáculos, filmes, peças de teatro, a musicalidade, o samba,....a arte, museus, literatura, como disse ela, um universo sem fim.

A cultura é a alma de um povo.

Gostei do seu discurso. Sucesso Regina. Eu daqui de terras lusitanas, torço por ti.

Beijinhos e Shalom. 

PIB segue rateando

Saiu o PIB do ano passado e este acabou como uma ducha de água fria aos mais otimistas. Foi a economia em trajetória errática, sem grandes variações na taxa de investimento, até porque nenhum agente econômica se atreve em operar num ambiente de forte volatilidade institucional, polarização política excessiva e incertezas sobre o rumo das reformas.

Se nem o presidente Bolsonaro abraçou a agenda de reformas, quem dirá os que torcem contra e a oposição.

A economia seguiu de lado ao longo do ano, embora o mercado, confiando na agenda de reformas, tenha chegado a 118 mil pontos em alguns momentos. Ao fim do ano passado cresceu 1,1%, menor do que no ano anterior (1,3%).

Cabe ressaltar aqui que a inflação se manteve em baixa, até pelo elevado desemprego, e a taxa de juros Selic recuou a 4,5%, devendo recuar abaixo disso neste ano de 2020, dada a ameaça do corona virus. Importante observar também que para este ano, ao que tudo indica, o PIB deve crescer menos do que o esperado, não devendo passar de 2,2%, contra a projeção de 2,5%. 

Pânico nos mercados

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MERCADOS CAEM NOVAMENTE... Após a animação com o corte emergencial de juros pelo Fed em meio ponto, os mercados voltaram a "entregar" nesta quarta-feira, depois da fala de Jerome Powell, presidente da instituição, passando a impressão de haver receio de "uma recessão iminente". Conseguirá o Fed conter uma crise disparada pelo coronavírus com mais "papel pintado"? Será que estamos ingressando numa armadilha de liquidez em que as ações de política monetária perdem aderência?

Lançamento do livro de um amigo

  • Lançamento do livro do amigo GUILHERME DA NÓBREGA, "A ECONOMIA É UMA MISTURA DE JOGOS E DESCOBERTAS" SECCO EDITORA

Humanos se dedicam à Economia desde muito antes deste título batizar uma área de estudo e trabalho. Claro que nos deram aulas de Economia escritores como Tolstói, Borges, García Marques, Gogol e outros. Também o cosmonauta Gagarin e os provérbios. Políticos como Bonaparte, Kennedy, Churchill, Hitler, Bolívar e outros. Filósofos e acadêmicos como Russell, Freud, Newton, Fourier, Marx, Einstein, Kuznets, etc. E muitos atuais em todos esses campos.

Evidente que Adam Smith não fundou a Economia. Já se estudava e escrevia sobre ela nas antiguidades mesopotâmica, grega, romana, indiana, chinesa, pérsia, árabe, etc. Desde antes dos humanos, já seguem lógicas econômicas beduínos, abelhas, vespas, aves e outros.

Como economista no mercado financeiro, sempre me atraíram ângulos menos visitados. Não são garantia de sucesso financeiro, mas belo “zoom out” rumo a compreender o que é, e o que move a Economia. Sem ser especialista em qualquer desses ângulos, visitei vários e reuni aqui breves notas. Não em livro típico de Economia. Apenas um registro de como a Economia sempre mistura jogos e descobertas – como sempre faz a nossa vida.

Espero vocês!

  • Quarta-feira, 18 de março de 2020 de 17:00 a 22:00 UTC-03
  • Polska café & pierogi
    Rua Simão Álvares, 109, 05417-030 São Paulo

terça-feira, 3 de março de 2020

Celso Pinto RIP


Carlos Garrastazu / Valor

Celso Pinto definiu sua carreira com um ‘não’. Morava em Londres, onde era correspondente da “Gazeta Mercantil” no início de 1994, quando recebeu, por telefone, o convite para integrar a equipe econômica que criaria o Plano Real. Seria o cronista das acaloradas discussões que pautaram a gestação do plano. Conhecia alguns dos membros da equipe do Plano Real. O Persio Arida o queria como uma especie de testemunha ocular da história, descrevendo todo o transcorrer do Plano. Acabou não aceitando por temer perder a independência na análise da economia brasileira.


Ação coordenada dos Bancos Centrais

Em meio a discussões sobre a melhor forma de combater os efeitos da propagação do novo coronavírus Covid-19, cresce a expectativa por uma ação coordenada de bancos centrais no mundo no curto prazo, talvez até mesmo nesta semana. Economistas de diferentes matizes vêm discorrendo sobre a inoperância de se combater uma crise de oferta, como a que se dá com o impacto do Covid-19, com ações de política monetária, sob o argumento de que são as políticas de saúde pública - ou a política fiscal de forma mais ampla - que precisam agir. Do jornal VALOR.

Piora do mercado de crédito...

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Blog de um amigo...

A segunda-feira e início desta terça-feira está sendo de rápida e acentuada recuperação das bolsas globais, em muito sustentadas pelas expectativas de atuação dos Bancos Centrais e do G7 na administração da eventual crise trazida pelo Coronavírus.

O G7 se reúne agora pela manhã e um comunicado é esperado após a reunião. Eu diria que a divulgação de medidas de sustentação ao crescimento já é esperada e, em parte, precificada pelos ativos de risco.

Os mercados já precificam um forte movimento de queda das taxas de juros nas principais economias do mundo, o que acabou ajudando a dar suporte as bolsas nessas últimas 24 horas.

Seguimos em um ambiente de elevada incerteza. Ainda vemos um curto-prazo bastante desafiador.

O movimento de alta das bolsas verificado nas últimas horas costuma ser normal em um ambiente de alta incerteza. O que foi anormal foi o movimento de queda, rápido, acentuado e unidirecional verificado na semana passada.

O que irá definir o cenário de longo-prazo para a economia global será a capacidade dos governos em conter o Coronavírus e a capacidade dos Bancos Centrais em administrar os impactos econômicos deste problema.

Seguimos acompanhando a situação no detalhe e administrando os portfólios de acordo. Continuamos esperando um fluxo de notícias negativo no curto-prazo no tocante ao contágio global do vírus.

O mercado precificou nos últimos dias uma atuação incisiva por parte dos “policy makers”. Qualquer erro nesta direção poderá trazer novas rodadas negativas dos ativos de risco.

Na China, a atividade econômica continua dando sinais, mesmo que incipientes de estabilização:

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...