Sou Economista com dois mestrados, cursos de especialização e em Doutoramento. Meu objetivo é analisar a economia, no Brasil e no Mundo, tentar opinar sobre os principais debates da atualidade e manter sempre, na minha opinião essencial, a independência. Não pretendo me esconder em nenhum grupo teórico específico. Meu objetivo é discorrer sobre varios temas, buscando sempre ser realista.
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
segunda-feira, 24 de julho de 2017
segunda-feira, 17 de julho de 2017
Simbiose de crises
Difícil saber onde vamos parar. Desde a delação da JBS ingressamos num tsunami de denúncias contra o presidente Temer, o que vem minando cada vez mais sua base de apoio. Poucos acreditam que ele saia desta confusão, tal o volume de ataques, inclusive, da grande imprensa, contra o seu governo.
Na semana passada, uma vitória parcial de Temer aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 40 a 25 votos contrários, mas muitos consideraram-a uma "vitória do Pirro" pois se deu mediante uma intensa barganha de cargos e emendas. Agora, este parecer, mesmo depois de rejeitado, vai para o Plenário da Câmara, onde dois terços do total de votos (513) são necessários para passar e ir para o STF. Neste caso, Temer seria afastado por 180 dias assumindo então o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Pelo andar da carruagem, no entanto, pelas intensas negociações de bastidores, isso pode nem acontecer, embora seja notório o "derretimento" da sua base de sustentação.
Para piorar, ainda temos mais duas denúncias, a serem encaminhadas pelo Ministério Público, contra o presidente Temer, a começar pela de "formação de quadrilha" e a de "obstrução de justiça", o que deve causar novos transtornos para a sua governabilidade. A pressão sobre o presidente tende a se intensificar.
A partir desta semana, uma trégua se observa nos mercados, já que o Congresso deve entrar em recesso no dia 18 e só retornar no dia 2/8, o que dará um descanso a todos sobre a torrencial sucessão de fatos políticos nas últimas semanas. A agenda econômica ganhará algum destaque frente à política.
Sendo assim, estejamos atentos à reunião do Copom, dias 25 e 26, quando saberemos se o Bacen manterá o ritmo de cortes na taxa Selic, em um ponto percentual. Será divulgado também, entre o final deste mês e início do próximo, os dados de crescimento do PIB no segundo trimestre, na qual muito provavelmente teremos uma taxa negativa de 0,2%, depois do avanço de 1% no primeiro. Resta saber se teremos ou não um PIB estagnado no segundo semestre.
Sobre isso, já se observa algum descolamento entre a crise política e o ritmo de atividade da economia, embora as sondagens de confiança da FGV estejam virando em recuo. Achamos que quanto mais se estender esta crise política, com o Temer na ˜corda bamba˜, maiores as chances da economia acabar "contaminada". E isso deve acontecer num ambiente de inflação desacelerando, com o IPCA em 12 meses a 3,0%, a taxa de câmbio próxima a R$ 3,20 e o juro Selic se aproximando de 8%, ou abaixo disso.
Continuamos, portanto, navegando nesta simbiose de crises, as políticas dando um tempo até o início de agosto, mas devendo afetar a decisão dos agentes nos próximos meses. Tudo bem. Achamos que se o Temer cair alguém ainda alinhado com a política econômica atual assumirá.
Isso nos leva a crer que a âncora nominal atual é a equipe econômica deste governo. Será que com esta que deveremos atravessar os próximos meses. Que assim seja!
Na semana passada, uma vitória parcial de Temer aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 40 a 25 votos contrários, mas muitos consideraram-a uma "vitória do Pirro" pois se deu mediante uma intensa barganha de cargos e emendas. Agora, este parecer, mesmo depois de rejeitado, vai para o Plenário da Câmara, onde dois terços do total de votos (513) são necessários para passar e ir para o STF. Neste caso, Temer seria afastado por 180 dias assumindo então o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Pelo andar da carruagem, no entanto, pelas intensas negociações de bastidores, isso pode nem acontecer, embora seja notório o "derretimento" da sua base de sustentação.
Para piorar, ainda temos mais duas denúncias, a serem encaminhadas pelo Ministério Público, contra o presidente Temer, a começar pela de "formação de quadrilha" e a de "obstrução de justiça", o que deve causar novos transtornos para a sua governabilidade. A pressão sobre o presidente tende a se intensificar.
A partir desta semana, uma trégua se observa nos mercados, já que o Congresso deve entrar em recesso no dia 18 e só retornar no dia 2/8, o que dará um descanso a todos sobre a torrencial sucessão de fatos políticos nas últimas semanas. A agenda econômica ganhará algum destaque frente à política.
Sendo assim, estejamos atentos à reunião do Copom, dias 25 e 26, quando saberemos se o Bacen manterá o ritmo de cortes na taxa Selic, em um ponto percentual. Será divulgado também, entre o final deste mês e início do próximo, os dados de crescimento do PIB no segundo trimestre, na qual muito provavelmente teremos uma taxa negativa de 0,2%, depois do avanço de 1% no primeiro. Resta saber se teremos ou não um PIB estagnado no segundo semestre.
Sobre isso, já se observa algum descolamento entre a crise política e o ritmo de atividade da economia, embora as sondagens de confiança da FGV estejam virando em recuo. Achamos que quanto mais se estender esta crise política, com o Temer na ˜corda bamba˜, maiores as chances da economia acabar "contaminada". E isso deve acontecer num ambiente de inflação desacelerando, com o IPCA em 12 meses a 3,0%, a taxa de câmbio próxima a R$ 3,20 e o juro Selic se aproximando de 8%, ou abaixo disso.
Continuamos, portanto, navegando nesta simbiose de crises, as políticas dando um tempo até o início de agosto, mas devendo afetar a decisão dos agentes nos próximos meses. Tudo bem. Achamos que se o Temer cair alguém ainda alinhado com a política econômica atual assumirá.
Isso nos leva a crer que a âncora nominal atual é a equipe econômica deste governo. Será que com esta que deveremos atravessar os próximos meses. Que assim seja!
sexta-feira, 14 de julho de 2017
A porta que a inflação baixa abre, por Fernando Montero
O esforço fiscal vem se perdendo numa macro duríssima que a inflação baixa pode reverter. Desinflação, recessão e juros altíssimos é duríssimo ao fiscal. A desinflação, em especial, puxa sobremaneira gastos indexados à inflação passada maior. Uma vez lá, em compensação, a inflação baixa é ótima. Não sugerimos que o crescimento com menos juros fará sozinho o ajuste. Apenas que o PIB e juros que esta inflação baixa permitem ajudará mais que o projetado hoje (muito mais que o projetado ontem...). As contas públicas pioraram, mas suas causas melhoraram: o déficit primário sofre hoje por receitas e não por gastos; sua receita frustra mais por desinflação que pela recessão (sofre pelas duas); e essa recessão é demanda (inflação cai) e não oferta (inflação subiria). O teto constitucional é restrição, cumpra-se ou não; plasmou uma limitação orçamentária onde déficits gigantescos fracassavam; forçando um “crowding in” do setor privado que precisará preencher 7% do hiato do PIB (ciclo) e 5% do primário (estrutural). Idem parafiscal por quantidade (fim das capitalizações) e preço (TLP). A inflação baixa contrata inércia baixa; que se soma a hiato enorme enquanto não crescermos (muito) acima do potencial. Os preços corrigiram, as contas externas são recordes e choveu uma safra histórica. O ano eleitoral incerto terá ciclo, inflação e juros baixos e comida barata. Desde que haja uma âncora política mínima, os juros desta economia podem cair a patamares inéditos.
A demora na retomada de 2017, desde que reflita demanda (a inflação cai) e não oferta (a inflação subiria), deixa à frente mais crescimento (mais hiato) com menos juros (hiato e a demanda fraca). Os juros tem o ciclo e, também, o “crowding in” do teto de gastos, seja das restrições de cumpri-lo ou das sanções de não cumpri-lo: o setor privado precisará preencher 7% do hiato do PIB (ciclo) e 5% do primário do governo (estrutural). Nossa macro desinflacionária atesta a folga do PIB e libera juros, aproximando os dois – variável chave nas dinâmicas de dividas.
A recessão absorveu o choque inflacionário de 2015, Ilan ancorou e uma safra magnífica terminou de quebrar a inércia. Seja porque o atual perfil da crise é desinflacionaria ou -mais provável- porque a desinflação contratada se mostra cada vez maior, os próximos 18 meses terão menos inflação e mais câmbio, menos PIB e mais balança, menos emprego e mais estoques agrícolas, preços ajustados, reservatórios e o menor reajuste do salário mínimo na história. A inércia agora é da inflação baixa. No horizonte relevante da política monetária, dissídios e expectativas verão um IPCA médio de 3,7%; alugueis e contratos pegarão um IGP médio de 2%; e o salário mínimo de 2018 (1/2 do fiscal; “serviços domésticos” no IPCA; mercado trabalho etc.) reajustará o INPC em 3,5% de 2017. As incertezas que alongam a estagnação, no curto prazo, não parecem por enquanto comprometer uma âncora política mínima às reformas no meio e longo prazo.
Pode não ser tão distante a convergência do PIB e juros nominais, comportando melhor dinâmica nas dívidas. A desinflação atesta o hiato e ambos permitem cortar os juros que, na falta dos multiplicadores fiscais e parafiscais do passado, e com gastos privados anêmicos, precisarão puxar a retomada cíclica. Se o crédito continua entupido, corta mais. Temos, claramente, a oferta desimpedida durante uma recuperação cíclica que deve ser prolongada, com uma demanda que persistirá fraca (ociosidade e desemprego privado, teto de gastos, déficits primários) e o hiato, enorme. Se é para ter recessão e desinflação, tenhamos seus juros. Eis o espaço (olhando a oferta) e a necessidade (a demanda) para queda dos juros na retomada cíclica. Acreditarmos podermos ter muito menos juros num cenário em que a economia não responde ou, alternativamente, muito mais PIB num cenário onde a economia sim responde. Juros e PIB nominais convergentes contribuem sobremaneira na dinâmica das dívidas que, em definitiva, ditam os tempos do ajuste.
O perigo é o câmbio; entretanto, chegamos a ter superávit corrente (12 meses até junho), balança de US$ 60 bilhões, investimentos estrangeiros, swaps zerados e US$ 380 bilhões de reservas. O cenário político é risco, mas serão riscos novos porque o PT está enfraquecido (e sua nova matriz envelheceu). A inércia perpetua uma inflação baixa, o hiato continuará puxando para baixo e restará discutir quanto o câmbio poderia puxar para cima com boas contas externas e uma posição fiscal líquida credora em dólar. Neste cenário, a inflação baixa segura o câmbio nominal, enquanto contas externas sólidas deveriam segurar exageros do câmbio real.
Nada do discutido acima refresca o teto, que precisará segurar despesas pelo cumprimento do limite constitucional ou, em sua falta, pelo não cumprimento do limite (as sanções impostas). Será mais difícil tirar o teto constitucional do que foi coloca-lo. O governo que assuma em 2019 terá que: 1) discutir a nova regra de salário mínimo; 2) negociar os próximos anos com o funcionalismo; 3) tocar as reformas etc. Nisto último, o país logrou um consenso (do problema), uma agenda (da solução) e o horizonte da urgência (o teto). Não é pouca coisa. Se o governo não continuar a agenda em 2019, o fará o teto nos anos seguintes.
Economia e política
Estamos vivendo esta simbiose louca entre as várias crises políticas geradas pela Lava-Jato e as outras investigações, na verdade, desde o Mensalão em meados da década passada, e o desempenho da economia.
Desde então, vamos vivendo assim, meio que aos trancos e barrancos, no susto de mais uma investigação, mais uma denúncia, mais um escândalo. Nesta semana não foi diferente. A CCJ avançou com o parecer da denúncia de corrupção passiva para então ser decidido em plenário.
Neste caso, dois terços são os votos necessários para Michel Temer ir para o cadafalso, julgado por 180 dias e possivelmente não retornando.
Em paralelo, tivemos o ex-presidente Lula da Silva, numa longa novela, condenado "oficialmente" pelo juiz Sergio Moro, a nove anos e seis meses. Várias chicanas ainda devem acontecer, até o julgamento dos desembarcadores do 4 TFR daqui a um ano. Aguardemos.
Desde então, vamos vivendo assim, meio que aos trancos e barrancos, no susto de mais uma investigação, mais uma denúncia, mais um escândalo. Nesta semana não foi diferente. A CCJ avançou com o parecer da denúncia de corrupção passiva para então ser decidido em plenário.
Neste caso, dois terços são os votos necessários para Michel Temer ir para o cadafalso, julgado por 180 dias e possivelmente não retornando.
Em paralelo, tivemos o ex-presidente Lula da Silva, numa longa novela, condenado "oficialmente" pelo juiz Sergio Moro, a nove anos e seis meses. Várias chicanas ainda devem acontecer, até o julgamento dos desembarcadores do 4 TFR daqui a um ano. Aguardemos.
Modelos Académicos...
"A parte boa da teoria é que ela sempre funciona dentro dos livros.
A parte ruim é que ela só funciona nos livros.
Nenhum desses acadêmicos saiu dos livros para enfrentar o mercado.
Se mais acadêmicos saíssem do mundo das letras para enfrentar a realidade, poderíamos enxergar as teorias de outra forma."
quinta-feira, 13 de julho de 2017
Em estágio crítico, Lava Jato ganhou mais um bom motivo para continuar, diz The Economist
Em
edição desta semana, a The Economist ressaltou a condenação de Luiz Inácio Lula da
Silva pelo juiz Sérgio Moro. De acordo com a publicação, o atual estágio
da Operação Lava Jato é crítico, não somente por conta da condenação do
petista, mas também pelo início dos debates na CCJ da Câmara sobre a denúncia
contra Michel Temer
Assim, com o establishment político mortalmente ameaçado,
as movimentações para que as investigações na Operação Lava Jato sejam
reprimidas estão montadas, afirma a publicação.
A Economist ressalta as falas da defesa de Lula, que
aponta que o petista é vítima inocente de "uma investigação politicamente
motivada". Lula permanecerá livre enquanto recorre, mas a sentença torna
mais difícil que ele concorra à presidência novamente em 2018. Além disso,
também intensificará o debate sobre se Lava Jato age de maneira imparcial ou se
é uma "caça às bruxas".
A revista aponta que 157 pessoas foram condenadas até
agora, enquanto o STF autorizou a investigação de dezenas de membros do Congresso.
"Para chegar até aqui, os promotores usaram técnicas que são novidades no País.
Ao usar a prisão preventiva e a delação premiada, eles extraíram confissões e
provas que levaram a acusações contra alguns dos empresários e políticos mais
proeminentes do país", aponta a publicação.
Os críticos alegam que, com essa atuação, a presunção de
inocência é perdida, ao mesmo tempo em que destacam a instabilidade política
causada pelas operações. Outra crítica ocorre com relação ao tão contestado
acordo entre o Ministério Público e os irmãos Batista, da JBS, que foi visto
como muito brando, enquanto a Polícia ainda não conseguiu comprovar muitas
acusações feitas em delações . "O
vazamento seletivo de delações destrói reputações, mesmo que a inocência seja
posteriormente confirmada", aponta a Economist, lembrando ainda que muitos
reclamam sobre a falta de diferenciação entre caixa 2 e recebimento de $$ para
enriquecimento pessoal.
Por outro lado, a publicação britânica destacou que a
Lava Jato revelou uma transgressão generalizada e reverteu uma prática de
longa data no Brasil de não punir o crime de colarinho branco. Além disso, a
força-tarefa da Operação é submetida a uma supervisão judicial estreita,
inclusive do Supremo.
"Muitas das críticas são auto-interessadas. Agora é
direito, também do PT de Lula, reclamar. Se Temer cometeu efetivamente um
crime, qualquer estabilidade que ele oferece é falsa ou carrega um preço
inaceitável. É por isso que as tentativas de controlar as investigações, se
tiverem sucesso, são alarmantes", ressalta a revista.
Lula: 'quem acha que é meu fim vai quebrar a cara'
Já em campanha, Lula deu o tom da campanha para 2018. Além do processo do triplex, o ex-presidente
Lula,71, ainda responde a outras quatro ações na Justiça, sob acusação de
crimes como corrupção, obstrução de Justiça e lavagem de dinheiro. Um dos processos
está sob a batuta de Moro: Lula é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro de propina da Odebrecht, em caso também investigado na Operação Lava Jato. Segundo o Ministério
Público Federal, o ex-presidente se beneficiou de cerca de R$ 12 milhões em
vantagens indevidas pagas pela empreiteira na compra de um terreno que seria
destinado ao Instituto Lula. O petista nega qualquer acerto ilícito e diz que o
terreno jamais pertenceu ao instituto, mas foi apenas visitado durante a
escolha de um imóvel para a instituição. A ação ainda está em fase de instrução.
Mercado financeiro aumenta projeção de déficit nas contas públicas este ano
Instituições financeiras consultadas pelo
Ministério da Fazenda aumentaram a previsão do déficit primário do governo
central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), neste ano, de
R$ 142,051 bilhões para R$ 145,268 bilhões, valor acima da meta do governo de
déficit de R$ 139 bilhões.
A projeção consta da
pesquisa Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do
Ministério da Fazenda, com base em informações de instituições financeiras do
mercado. O resultado foi divulgado hoje (13). Para 2018, a estimativa de
déficit ficou em R$ 129 bilhões, contra R$ 127,446 bilhões, previstos no mês
passado.
A projeção da
arrecadação das receitas federais, este ano, ficou em R$ 1,340 trilhão, contra
R$ 1,345 trilhão, previsto no mês passado.
A pesquisa apresenta
também a projeção para a dívida bruta do governo geral, que na avaliação das
instituições financeiras, deve ficar em 75,6% do Produto Interno Bruto (PIB),
ante a previsão anterior de 75,47% para este ano. Para 2018, a estimativa foi
ajustada de 78,60% para 78,67% do PIB.
Na Editora Abril, o fim do almoço grátis
Em busca de uma saída para prejuízos sucessivos e uma dívida monstruosa,
a Editora Abril parece ter ouvido o conselho de Jeff Bezos, que – além de criar
a Amazon - fazer o jornalismo se lucrativo mesmo com a internet.
Sem alarde, nos últimos dois meses, a maior editora de revistas do Brasil cortou o almoço grátis e passou a exigir que os leitores paguem pelo conteúdo disponível nos sites de quatro de suas principais publicações.
A iniciativa começou na Quatro Rodas e na Superinteressante entre o fim de maio e começo de junho, e passou a ser adotada nas últimas semanas por Exame e VEJA.com – as duas joias da casa, que somam 16,1 milhões e 17,7 milhões de visitantes únicos por mês, respectivamente.
Agora, 'na faixa', só mesmo o aperitivo: os leitores têm direito a 15 matérias gratuitas por mês – número que deve ser, em breve, reduzido para 10. Para acessar mais conteúdo, precisam pagar uma assinatura: que varia de R$ 10,90 (Superinteressante), VEJA (R$ 19,90) a R$ 29,90 na Exame, com preços promocionais para os três primeiros meses.
“Não só a Abril como todo o mercado trabalhava com uma premissa: 'vou ter muita audiência para, então, vender publicidade'. O modelo era esse. Só que esse modelo não vem se mostrando suficiente para nenhuma operação”, afirma Isabel Amorim, diretora de relacionamento de mercado da Abril.
Sem alarde, nos últimos dois meses, a maior editora de revistas do Brasil cortou o almoço grátis e passou a exigir que os leitores paguem pelo conteúdo disponível nos sites de quatro de suas principais publicações.
A iniciativa começou na Quatro Rodas e na Superinteressante entre o fim de maio e começo de junho, e passou a ser adotada nas últimas semanas por Exame e VEJA.com – as duas joias da casa, que somam 16,1 milhões e 17,7 milhões de visitantes únicos por mês, respectivamente.
Agora, 'na faixa', só mesmo o aperitivo: os leitores têm direito a 15 matérias gratuitas por mês – número que deve ser, em breve, reduzido para 10. Para acessar mais conteúdo, precisam pagar uma assinatura: que varia de R$ 10,90 (Superinteressante), VEJA (R$ 19,90) a R$ 29,90 na Exame, com preços promocionais para os três primeiros meses.
“Não só a Abril como todo o mercado trabalhava com uma premissa: 'vou ter muita audiência para, então, vender publicidade'. O modelo era esse. Só que esse modelo não vem se mostrando suficiente para nenhuma operação”, afirma Isabel Amorim, diretora de relacionamento de mercado da Abril.
Vicente Nunes: Contagem regressiva para a prisão de Lula
O
ex-presidente Lula recebeu a sentença do juiz Sérgio Moro, que o condenou a
nove anos e seis meses de prisão, com a “serenidade de um inocente”, como
relatou Márcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT. A descrição está bem ao
gosto dos fregueses, sobretudo daqueles que saíram às ruas para pedir a não
condenação do líder petista. Marketing à parte, o certo é que a sentença de
Moro carimbou em Lula o selo da corrupção. Mesmo ainda não sendo preso por
“prudência” e para evitar “certos traumas”, conforme destacou Moro em sua
sentença, Lula ficou menor. Líder isolado nas pesquisas de intenção de voto
para a Presidência da República, ele carregará, agora, no currículo, o título
de primeiro comandante do país condenado pela Justiça comum. Não é pouca coisa. Lula, como sempre, posará de
vítima. E tentará usar o tempo a seu favor, uma vez que o Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF-4), ao qual caberá ratificar ou não a decisão de
Moro, deve demorar cerca de um ano para se posicionar caso mantidos os trâmites
normais. Com isso, a decisão sairia no auge das eleições de 2018.
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