sábado, 12 de agosto de 2017

Semana agitada

Mais uma semana agitada. Qual não foi nos últimos meses? Agora o debate se desloca para saber como obter a meta fiscal deste ano e o próximo. Especulações garantem que em ambos os anos será perseguida uma meta revisada, agora em R$ 159 bilhões, meio que repetindo o ano passado, com a de 2018 podendo chegar ao mesmo patamar, ou segundo alguns quadros do governo, a R$ 180 bilhões.
Na equipe econômica são intensas as discussões, com muitos duvidando haver espaço de manobra para mais uma correção da meta de déficit primário para este ano, até o momento definida em R$ 139 bilhões, com à do ano que vem recuando a R$ 129 bilhões. O péssimo desempenho fiscal neste ano, com a arrecadação se arrastando, dada a retomada errática da economia, contribui para isso.
Nos debates, seguem intensos sobre o melhor timing para a Reforma da Previdência, com outras entrando na fila, como a Tributária e a Política, sendo esta urgente para ser aprovada ainda neste mês de agosto. A da Previdência deve ficar para ser discutida em setembro, mas consideramos as medidas mais fortes, passíveis de aprovação, a idade mínima e a retirada de privilégios para os servidores públicos.
Em complemento, no Brasil ainda tivemos o IPCA de julho registrando 0,24%, em 12 meses acumulando 2,71%, com grande impacto da energia elétrica, mudando de bandeira e da gasolina, mais cara pela incidência do Cofins. Saíram também os dados do CAGED de julho, mostrando expansão de empregos em 35,9 mil, se espalhando pelos vários setores da economia.
No exterior, os ares da guerra fria do passado voltaram a povoar nossos imaginários, depois da batalha de palavras entre o ditador da Coreia do Norte e o presidente norte-americano Donald Trump. Tudo depois do Washington Post divulgar um relatório da inteligência norte-americana mostrando os coreanos já com mísseis com ogivas nucleares de longo alcance, podendo chegar no continente norte-americano.
Mentira ou mais um blefe? Que clima!!!

Nicolás Maduro contra Trump

Maduro, e Chavez no passado, são o q existe de mais populista e atrasado na nossa pobre e esquecida América Latina. Estamos à reboque do mundo. Condenados ao esquecimento. 

Na boa? O q é a esquerda hoje no Brasil? Um bando de picaretas a procura de conluios, de doações do Estado, de boquinhas estatais. 

O populismo se personifica no voluntarismo, nas frases de efeito, no personalismo, no simplismo da retórica, no enfrentamento contra possíveis inimigos externos...tudo isso q marca Lula, Maduro, Evo Morales, e agora este Lenin Moreno do Equador...Se apoiam na velha tática de sempre....vamos dar pão e circo para os pobres - e a Venezuela nem isso consegue mais -, e manter uma retórica de enfrentamento com as ˜elites"...claro q mantendo alguns empresários escolhidos no cabresto das "bolsas empresário"...

Será q a esquerda nunca vai ter um olhar mais crítico sobre isso?? A posição dos partidos de esquerda sobre a Venezuela é lamentável !! 

Sobre o evento TRUMPXMADURO....querem platéia? Ganharam...dois parlapatões paspalhos se exibindo para o mundo...Agora não duvidem! TRUMP está louco para arrumar uma guerrinha para desviar o foco dos seus problemas domésticos....E Maduro voltou a usar a retórica contra o imperialismo !! AGORA PODE TER MOTIVOS PARA TEMER OS YANKEES.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Conselhos

É O QUE NOS RESTA...

Está tudo bem, está tudo bom, mas o PT, nos seus 13 anos no poder, fez algo de concreto pela melhoria dos regimes econômicos, pela organização do setor público, pela previdência?? Doaram recursos como se não houvesse amanhã, realizaram várias maquiagens contábeis, manipularam dados, enganaram a população com uma política social paliativa ("distribuição de esmola), em muito, lembrando os coronéis populistas do Nordeste. Não discutindo a origem do Temer, nem sua honestidade, é nítido seu esforço em avançar nas reformas, na melhoria dos vários regimes do País, no regime previdenciário, na malha tributária, numa profunda reforma do Estado...em pouco mais de um ano fez muito mais do q o PT nos seus 13 anos de poder...E honestidade, por honestidade, não sobra um, nem no PMDB, no PSDB, no PT e nos partidos da base de apoio...vamos falar então dos avanços obtidos na economia...É o que nos resta...

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Simbiose de crises

Difícil saber onde vamos parar. Desde a delação da JBS ingressamos num tsunami de denúncias contra o presidente Temer, o que vem minando cada vez mais sua base de apoio. Poucos acreditam que ele saia desta confusão, tal o volume de ataques, inclusive, da grande imprensa, contra o seu governo. 

Na semana passada, uma vitória parcial de Temer aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 40 a 25 votos contrários, mas muitos consideraram-a uma "vitória do Pirro" pois se deu mediante uma intensa barganha de cargos e emendas. Agora, este parecer, mesmo depois de rejeitado, vai para o Plenário da Câmara, onde dois terços do total de votos (513) são necessários para passar e ir para o STF. Neste caso, Temer seria afastado por 180 dias assumindo então o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Pelo andar da carruagem, no entanto, pelas intensas negociações de bastidores, isso pode nem acontecer, embora seja notório o "derretimento" da sua base de sustentação. 

Para piorar, ainda temos mais duas denúncias, a serem encaminhadas pelo Ministério Público, contra o presidente Temer, a começar pela de "formação de quadrilha" e a de "obstrução de justiça", o que deve causar novos transtornos para a sua governabilidade. A pressão sobre o presidente tende a se intensificar. 

A partir desta semana, uma trégua se observa nos mercados, já que o Congresso deve entrar em recesso no dia 18 e só retornar no dia 2/8, o que dará um descanso a todos sobre a torrencial sucessão de fatos políticos nas últimas semanas. A agenda econômica ganhará algum destaque frente à política.  

Sendo assim, estejamos atentos à reunião do Copom, dias 25 e 26, quando saberemos se o Bacen manterá o ritmo de cortes na taxa Selic, em um ponto percentual. Será divulgado também, entre o final deste mês e início do próximo, os dados de crescimento do PIB no segundo trimestre, na qual muito provavelmente teremos uma taxa negativa de 0,2%, depois do avanço de 1% no primeiro. Resta saber se teremos ou não um PIB estagnado no segundo semestre. 

Sobre isso, já se observa algum descolamento entre a crise política e o ritmo de atividade da economia, embora as sondagens de confiança da FGV estejam virando em recuo. Achamos que quanto mais se estender esta crise política, com o Temer na ˜corda bamba˜, maiores as chances da economia acabar "contaminada". E isso deve acontecer num ambiente de inflação desacelerando, com o IPCA em 12 meses a 3,0%, a taxa de câmbio próxima a R$ 3,20 e o juro Selic se aproximando de 8%, ou abaixo disso. 

Continuamos, portanto, navegando nesta simbiose de crises, as políticas dando um tempo até o início de agosto, mas devendo afetar a decisão dos agentes nos próximos meses. Tudo bem. Achamos que se o Temer cair alguém ainda alinhado com a política econômica atual assumirá. 

Isso nos leva a crer que a âncora nominal atual é a equipe econômica deste governo. Será que com esta que deveremos atravessar os próximos meses. Que assim seja!

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Rede Globo endividada...isso ajuda a explicar o posicionamento junto ao governo TEMER

Nenhum texto alternativo automático disponível.

A porta que a inflação baixa abre, por Fernando Montero

O esforço fiscal vem se perdendo numa macro duríssima que a inflação baixa pode reverter. Desinflação, recessão e juros altíssimos é duríssimo ao fiscal. A desinflação, em especial, puxa sobremaneira gastos indexados à inflação passada maior. Uma vez lá, em compensação, a inflação baixa é ótima. Não sugerimos que o crescimento com menos juros fará sozinho o ajuste. Apenas que o PIB e juros que esta inflação baixa permitem ajudará mais que o projetado hoje (muito mais que o projetado ontem...). As contas públicas pioraram, mas suas causas melhoraram: o déficit primário sofre hoje por receitas e não por gastos; sua receita frustra mais por desinflação que pela recessão (sofre pelas duas); e essa recessão é demanda (inflação cai) e não oferta (inflação subiria). O teto constitucional é restrição, cumpra-se ou não; plasmou uma limitação orçamentária onde déficits gigantescos fracassavam; forçando um “crowding in” do setor privado que precisará preencher 7% do hiato do PIB (ciclo) e 5% do primário (estrutural). Idem parafiscal por quantidade (fim das capitalizações) e preço (TLP). A inflação baixa contrata inércia baixa; que se soma a hiato enorme enquanto não crescermos (muito) acima do potencial. Os preços corrigiram, as contas externas são recordes e choveu uma safra histórica. O ano eleitoral incerto terá ciclo, inflação e juros baixos e comida barata. Desde que haja uma âncora política mínima, os juros desta economia podem cair a patamares inéditos.
A demora na retomada de 2017, desde que reflita demanda (a inflação cai) e não oferta (a inflação subiria), deixa à frente mais crescimento (mais hiato) com menos juros (hiato e a demanda fraca). Os juros tem o ciclo e, também, o “crowding in” do teto de gastos, seja das restrições de cumpri-lo ou das sanções de não cumpri-lo: o setor privado precisará preencher 7% do hiato do PIB (ciclo) e 5% do primário do governo (estrutural). Nossa macro desinflacionária atesta a folga do PIB e libera juros, aproximando os dois – variável chave nas dinâmicas de dividas.
A recessão absorveu o choque inflacionário de 2015, Ilan ancorou e uma safra magnífica terminou de quebrar a inércia. Seja porque o atual perfil da crise é desinflacionaria ou -mais provável- porque a desinflação contratada se mostra cada vez maior, os próximos 18 meses terão menos inflação e mais câmbio, menos PIB e mais balança, menos emprego e mais estoques agrícolas, preços ajustados, reservatórios e o menor reajuste do salário mínimo na história. A inércia agora é da inflação baixa. No horizonte relevante da política monetária, dissídios e expectativas verão um IPCA médio de 3,7%; alugueis e contratos pegarão um IGP médio de 2%; e o salário mínimo de 2018 (1/2 do fiscal; “serviços domésticos” no IPCA; mercado trabalho etc.) reajustará o INPC em 3,5% de 2017. As incertezas que alongam a estagnação, no curto prazo, não parecem por enquanto comprometer uma âncora política mínima às reformas no meio e longo prazo.
Pode não ser tão distante a convergência do PIB e juros nominais, comportando melhor dinâmica nas dívidas. A desinflação atesta o hiato e ambos permitem cortar os juros que, na falta dos multiplicadores fiscais e parafiscais do passado, e com gastos privados anêmicos, precisarão puxar a retomada cíclica. Se o crédito continua entupido, corta mais. Temos, claramente, a oferta desimpedida durante uma recuperação cíclica que deve ser prolongada, com uma demanda que persistirá fraca (ociosidade e desemprego privado, teto de gastos, déficits primários) e o hiato, enorme. Se é para ter recessão e desinflação, tenhamos seus juros. Eis o espaço (olhando a oferta) e a necessidade (a demanda) para queda dos juros na retomada cíclica. Acreditarmos podermos ter muito menos juros num cenário em que a economia não responde ou, alternativamente, muito mais PIB num cenário onde a economia sim responde. Juros e PIB nominais convergentes contribuem sobremaneira na dinâmica das dívidas que, em definitiva, ditam os tempos do ajuste.
O perigo é o câmbio; entretanto, chegamos a ter superávit corrente (12 meses até junho), balança de US$ 60 bilhões, investimentos estrangeiros, swaps zerados e US$ 380 bilhões de reservas. O cenário político é risco, mas serão riscos novos porque o PT está enfraquecido (e sua nova matriz envelheceu). A inércia perpetua uma inflação baixa, o hiato continuará puxando para baixo e restará discutir quanto o câmbio poderia puxar para cima com boas contas externas e uma posição fiscal líquida credora em dólar. Neste cenário, a inflação baixa segura o câmbio nominal, enquanto contas externas sólidas deveriam segurar exageros do câmbio real.
Nada do discutido acima refresca o teto, que precisará segurar despesas pelo cumprimento do limite constitucional ou, em sua falta, pelo não cumprimento do limite (as sanções impostas). Será mais difícil tirar o teto constitucional do que foi coloca-lo. O governo que assuma em 2019 terá que: 1) discutir a nova regra de salário mínimo; 2) negociar os próximos anos com o funcionalismo; 3) tocar as reformas etc. Nisto último, o país logrou um consenso (do problema), uma agenda (da solução) e o horizonte da urgência (o teto). Não é pouca coisa. Se o governo não continuar a agenda em 2019, o fará o teto nos anos seguintes.

Economia e política

Estamos vivendo esta simbiose louca entre as várias crises políticas geradas pela Lava-Jato e as outras investigações, na verdade, desde o Mensalão em meados da década passada, e o desempenho da economia. 

Desde então, vamos vivendo assim, meio que aos trancos e barrancos, no susto de mais uma investigação, mais uma denúncia, mais um escândalo. Nesta semana não foi diferente. A CCJ avançou com o parecer da denúncia de corrupção passiva  para então ser decidido em plenário. 

Neste caso, dois terços são os votos necessários para Michel Temer ir para o cadafalso, julgado por 180 dias e possivelmente não retornando.

Em paralelo, tivemos o ex-presidente Lula da Silva, numa longa novela, condenado "oficialmente" pelo juiz Sergio Moro, a nove anos e seis meses. Várias chicanas ainda devem acontecer, até o julgamento dos desembarcadores do 4 TFR daqui a um ano. Aguardemos. 

Modelos Académicos...

"A parte boa da teoria é que ela sempre funciona dentro dos livros. A parte ruim é que ela só funciona nos livros. Nenhum desses acadêmicos saiu dos livros para enfrentar o mercado. Se mais acadêmicos saíssem do mundo das letras para enfrentar a realidade, poderíamos enxergar as teorias de outra forma."

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Em estágio crítico, Lava Jato ganhou mais um bom motivo para continuar, diz The Economist

Em edição desta semana, a The Economist ressaltou a condenação de Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro. De acordo com a publicação, o atual estágio da Operação Lava Jato é crítico, não somente por conta da condenação do petista, mas também pelo início dos debates na CCJ da Câmara sobre a denúncia contra Michel Temer

Assim, com o establishment político mortalmente ameaçado, as movimentações para que as investigações na Operação Lava Jato sejam reprimidas estão montadas, afirma a publicação.

A Economist ressalta as falas da defesa de Lula, que aponta que o petista é vítima inocente de "uma investigação politicamente motivada". Lula permanecerá livre enquanto recorre, mas a sentença torna mais difícil que ele concorra à presidência novamente em 2018. Além disso, também intensificará o debate sobre se Lava Jato age de maneira imparcial ou se é uma "caça às bruxas". 
A revista aponta que 157 pessoas foram condenadas até agora, enquanto o STF autorizou a investigação de dezenas de membros do Congresso. "Para chegar até aqui, os promotores usaram técnicas que são novidades no País. Ao usar a prisão preventiva e a delação premiada, eles extraíram confissões e provas que levaram a acusações contra alguns dos empresários e políticos mais proeminentes do país", aponta a publicação.
Os críticos alegam que, com essa atuação, a presunção de inocência é perdida, ao mesmo tempo em que destacam a instabilidade política causada pelas operações. Outra crítica ocorre com relação ao tão contestado acordo entre o Ministério Público e os irmãos Batista, da JBS, que foi visto como muito brando, enquanto a Polícia ainda não conseguiu comprovar muitas acusações feitas em delações .  "O vazamento seletivo de delações destrói reputações, mesmo que a inocência seja posteriormente confirmada", aponta a Economist, lembrando ainda que muitos reclamam sobre a falta de diferenciação entre caixa 2 e recebimento de $$ para enriquecimento pessoal. 
Por outro lado, a publicação britânica destacou que a Lava Jato revelou uma transgressão generalizada e reverteu uma prática de longa data no Brasil de não punir o crime de colarinho branco. Além disso, a força-tarefa da Operação é submetida a uma supervisão judicial estreita, inclusive do Supremo.
"Muitas das críticas são auto-interessadas. Agora é direito, também do PT de Lula, reclamar. Se Temer cometeu efetivamente um crime, qualquer estabilidade que ele oferece é falsa ou carrega um preço inaceitável. É por isso que as tentativas de controlar as investigações, se tiverem sucesso, são alarmantes", ressalta a revista. 

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...