sábado, 10 de dezembro de 2016

Fernando Pimentel de MG, mais um canalha na mira...

O STF vai julgar na quarta-feira que vem o recurso contra Fernando Pimentel.
Depois do vexame desta semana, não nos surpreenderia se os ministros decidissem ratificar a decisão do STJ no sentido de que o governador só pode ser processado com autorização prévia da Assembleia Legislativa.
Especialistas ouvidos por O Antagonista avaliam que, se a tese de Pimentel vingar, todos os governadores e prefeitos do país exigirão o mesmo tratamento. Será praticamente impossível processá-los.
Estará criado um novo foro privilegiado.

Projeto

Estamos num projeto. Em breve saberão do q se trata. Vamos em frente. 

CORRUPÇÃO SISTÊMICA

Um breve interregno e o Brasil derretendo. Parece que a Delação Premiada da Odebrecht ganhou em velocidade. Pegou vários personagens dentre eles o atual presidente Michel Temer, acusado de receber R$ 10 milhões, não sei em que circunstâncias. Cana para ele, assim como para Eliseu Padilha, Geddel Vieira, Jucá, e também, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, os quadros do PT e de outros partidos....impressionante como as práticas de propinagem se tornaram algo costumas, sem surpreender a ninguém. O problema aqui, no entanto, é diferenciar caixa dois e corrupção de recursos recebidos de campanha.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Ata do Copom

A decisão do Copom em novembro foi melhor explicada na ata desta terça-feira. Disse que a atividade econômica mais lenta neste final do ano deve ensejar uma postura mais agressiva do BACEN reduzindo o juro mais rapidamente nas próximas reuniões ao longo de 2017. Muitos já começam a colocar na conta um corte de 0,5 ponto percentual na reunião dos dias 10 e 11 de janeiro. Interessante observar que na reunião de novembro alguns diretores chegaram a cogitar um corte de 0,5 ponto percentual, dada a economia mais fraca do que o esperado. Lembremos que o PIB veio com recuo de 0,8% no terceiro trimestre, contra o anterior, 2,9% contra o mesmo do ano passado e 4% no ano. Aguardemos, no entanto, o desenrolar da crise política atual, com a possibilidade de adiamento da votação da "PEC do teto", de agora no dia 13 para fevereiro e também atentos ao impacto do reajuste da gasolina e derivados, na média em 8%, sobre a inflação. 

Reforma da Previdência: alguns pontos

Saiu a Reforma da Previdência. Agora, como PEC, vai para a Comissão de Justiça e deve ser sancionada em plenário, no ano que vem, a partir de fevereiro. Por enquanto, esta é a expectativa. No "coração da reforma", a definição da idade mínima para homens e mulheres em 65 anos. Haverá um período de transição para quem tem mais de 50 anos no caso dos homens e mais de 45 para as mulheres. No mínimo, a aposentadoria passa a valer com 25 anos de contribuição, mas as pessoas só receberão integralmente seus benefícios num prazo de 49 anos. Ou seja, a pessoa que começou a trabalhar com 21 anos, receberá integralmente sua aposentadoria apenas com 70 anos. Meio pesado, não? Além disso, foi definido que os militares continuam de fora. Ou seja, poderão se aposentar a partir de 49 anos ou menos. Isto está errado! Várias ocupações em que a insalubridade é fato, só poderão se aposentar depois dos 65 anos. Soma-se isso ao fato de que é imperioso pensarmos na unificação dos regimes previdenciários, do setor privado, o INSS, e do setor público. Dados do IPEA mostram que 3,5 milhões de funcionários públicos (União - Estados e Municípios) geram um déficit em torno de R$ 120 bilhões, enquanto que 33,0 milhões de aposentados do INSS geram um déficit (discutível), em razão da DRU e das Receitas de Seguridade Social, de R$ 123 bilhões. Proporcionalmente, os servidores públicos possuem um potencial de rombo muito maior do que no setor privado. Uma reforma do regime dos servidores públicos, portanto, se faz urgente!

domingo, 4 de dezembro de 2016

Exuberância Irracional, 20 anos depois

Novembro, mês do "cachorro louco"

Novembro foi mais um mês intenso para os mercados. 

De início, tivemos a definição das eleições norte-americanas, com a vitória do candidato Republicano Donald Trump, algo que poucos previam pela postura dele ao longo da campanha. Dúvidas surgem agora sobre como será o seu governo, já que na campanha ele se pautou por um discurso extremamente preconceituoso e populista. Será que ele realmente rasgará todos os tratados recentes de comércio, se alinhará com Putin e construirá um muro na fronteira com o México, impactando no fluxo migratório?


No Brasil, a Lava-Jato seguiu fazendo os seus estragos, com a prisão de vários personagens da República, como Sergio Cabral e Antonny Garotinho, este depois coloca em prisão domiciliar depois de apresentar um quadro de saúde mais frágil. A delação premiada da Odebrecht continuou a mobilizar parte do Congresso e votações importantes transcorreram, como o primeiro turno no Senado da PEC do teto, assim como se aprofundaram os debates em torno da necessidade de colocar na pauta uma agenda positiva para se pensar no retorno do crescimento da economia brasileira de forma imediata. 


Esta continuou não dando as caras, com o PIB recuando 0,8% no terceiro trimestre, contra o anterior e 4% no ano. A atividade industrial continua em queda, o varejo não reaje, o mesmo acontece com os serviços. Para piorar, os indicadores de confiança já começam a mostrar perda de dinamismo, talvez pelo cansaço com a lentidão deste processo de retomada, que nunca chega. Reflexo disso, o desemprego segue estourando todas as estatística, com a PNAD Contínua chegando a 11,8% da PEA de desocupação. São mais de 12 milhões de desempregados e chama atenção os mais de 5 milhões que já saíram do mercado de trabalho por desalento. 


Este, aliás, será um dos fatores a dificultar na retomada da economia, visto que as famílias seguem muito endividadas e com a renda caindo, pelo desemprego elevado e pouca perspectiva futura. Falando dos dois outros canais catalisadores de crescimento, os investimentos e as exportações, encontramos também dificuldades, já que os primeiros apresentam-se retraídos pelo lado do setor público, dado o ajuste fiscal necessário em curso e pelo setor privado estar retraído pelo clima político complicado e a baixa demanda. Uma alternativa pode vir pelo lado do pacote de Concessões anunciado em meados do ano, mas para este deslanchar o horizonte político precisa estar menos polarizado. 


Falando dos dados fiscais, em outubro uma melhoria considerável foi registrada dado o aproveitamento das receitas com as repatriações, elevando o superávit primário a R$ 31 bilhões, em 12 meses recuando de 3,08% a 2,25% do PIB, mas este deve ser visto como pontual, não sinalizando tendência. Sobre a inflação, dada a economia paralisada pela crise política, veio desacelerando, até fechar negativa, ou próxima à estabilidade, pelos IGPs, e bem baixa pelos IPCs, com o IPCA já próximo a 6,8% em 12 meses em outubro, não sendo surpresa se fechar o ano no teto do sistema de metas de inflação. Isso, no entanto, não foi suficiente para uma postura mais agressiva do BACEN, reduzindo a taxa Selic em apenas 0,25 ponto percentual, a 13,75%, na última reunião ao fim de novembro. Isso decorreu basicamente, do cenário externo, com as incertezas depois da eleição de Donald Trump. Entre outras indagações a dúvida agora é saber para quanto vai o dólar, sendo fato sua forte valorização. Em meados de outubro estava em torno de R$ 3,11, ao fim de novembro batia os R$ 3,45.


Isto posto, é necessário manter uma postura mais cautelosa neste período, agora equilibrando mais a demanda por títulos públicos, mais focado em prefixados, mas não deixando de abrir mão dos pós-fixados, dada a incerteza atual nos cenários doméstico e internacional. 











sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Que semana!

Fechamos esta semana. Sobrevivemos?
Sim, mas com muitos arranhões e algumas dúvidas sobre o futuro. Será que as escaramuças da ala "mais podre" da Câmara e do Senado conseguirão "enquadrar" os Procuradores da República, o juiz Sergio Moro, esvaziando a Lava-Jato? Esta é a principal indagação que se faz neste momento.
Os movimentos desta semana, com a deturpação do projeto das "Dez Medidas contra a Corrupção" e o debate "forçado" em torno do tema "abuso de autoridade", foram intempestivos e imaturos.
Os deputados e senadores, de mãos dadas com a impunidade, estão em pânico sobre a aproximação da delação premiada da Odebrecht. O cerco vai se fechando e eles, desesperados, estão tentando reagir num retrocesso para a institucionalidade do País.
Na economia, no entanto, esta semana foi de Copom mais cauteloso, cortando a taxa Selic em 0,25 p.p. a 13,75%, e o PIB em queda e esboçando pouca reação. Para completar o pacote, a produção industrial de outubro veio com recuo de 1,1% contra o mês anterior e 7,7% no ano. Uma reversão no curto prazo? Mantidas as condições atuais não acreditamos.
Bom fim de semana a todos!

Mercado de corretoras

Maior corretora independente (sem ligação com bancos) do país, a XP fechou a compra da segunda maior no mercado, a Rico, nesta quinta-feira (1º). O valor da transação não foi divulgado. 

Críticas ao Meirelles

O ministro Henrique Meirelles tornou a virar alvo de críticas. A pressão para que a equipe econômica tire da cartola medidas para retomar o crescimento ganhou força após o decepcionante recuo de 0,8% do PIB no terceiro trimestre. Os investimentos caíram e provocaram uma onda de queixas ao presidente. Cobra-se mais criatividade da Fazenda. Uma frase resume o sentimento geral em Brasília: “A equipe dos sonhos não está conseguindo entregar os sonhos da equipe”.

SEMANA PESADA

 Foi mais uma semana pesada para os mercados. Num movimento desesperado, diante da proximidade da delação premiada da Odebrecht, alguns congressistas trataram de colocar a Lava Jato sob pressão. Dois eventos foram marcantes neste sentido: (1) a descaracterização total do projeto das “Dez Medidas contra a Corrupção”; e (2) a discussão da lei de abuso de autoridade, colocada em pauta do Senado num momento totalmente inapropriado. E Sergio Moro denunciou isso. Para ele, foi objetivo do presidente do Senado, Renan Calheiros, “criminalizar as investigações sobre o maior caso de corrupção da história”. Este mesmo Calheiros que acabou colocado como réu pelo STF. Assim sendo, como pensar em retomada da economia? O PIB veio mais fraco no terceiro trimestre, sendo maiores os tombos no consumo e nos investimentos, itens que cresceram no trimestre anterior. Neste ano deveremos despencar mais de 3,5% e em 2017 as expectativas indicam um crescimento ainda menor, não devendo passar de 0,6% a 0,8%. Em suma, a recessão continua a desnortear o País e o clima político açodado contribui para isso.  

Armínio Fraga?

Arminio Fraga aceitou conversar com o governo. Mas insistiu para que Henrique Meirelles participasse das conversas. Ele não vai ajudar a fritar o ministro da Fazenda. E recusaria o cargo se lhe fosse oferecido, assim como já recusou no passado. By Antagonista.

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...