segunda-feira, 23 de março de 2020

Ações Coletivas - como evitar catástrofes ?


Um interessante artigo nos trouxe ao debates modelos teóricos, conhecidos como "Ações Coletivas". O esforço é tentar responder à catastrofes, como esta vivenciada atualmente.

  • A pandemia, primeiro epidemia, limitada a Wuham, do Coronavirus, depois cientificamente, chamada de Covid 19, rapidamente se espalhou pelo mundo.
  • Gênese. Importante que se diga que, inicialmente, o governo central chinês, quer dizer, o PCC, primeiro negou o fato. De certa forma foi leniente nos dois primeiros meses, como toda burocracia centralizadora e corrupta. Depois quando "caiu a ficha", se mobilizou, convocando a população a ficar em casa, no tal "distanciamento social". Foi uma decisão tardia, o que o obrigou a ser radical. Mesmo assim, como é um virus altamente transmissível, acabou saindo da zona de controle. Aqui, o crescimento de infectados se deu em progressão geométrica, numa velocidade impressionante.
  • Na Ásia. Passados seis meses (dizem q o primeiro caso aconteceu em meados de novembro naquela procíncia chinesa) observa-se que os países asiáticos conseguiram "achatar a curva de crescimento".
  • Na Europa. Os italianos, muito lenientes inicialmente, levaram um "drible do destino" e só recentemente caíram na real. A ITÁLIA ingressou em quarentena radical, a ponto de prender quem saísse à rua sem um motivo. Na Europa, outro país muito atingido foi a Espanha, pelos mesmos motivos dos italianos, por não terem levado à serio o poder de transmisão do virus.
  • Ação coletiva. Discutimos agora qual a eficácia da chamada "ação coletiva". Como mobilizar uma sociedade em torno de um objetivo comum definido, neste caso, a emergência de debelar uma pandemia, que se espalha rapidamente. Para isso, necessário haver "coesão social", política em harmonia, poderes se entendendo bem, capacidade de mobilização da sociedade, postura cívica, economia em bom ritmo, não em crise permanente, já que estas ações coletivas exigem sacrifícios, etc.
  • Concluindo. Chegamos agora ao ponto essencial. Como o Brasil vem respondendo? Por parte do Ministro da Saúde, Mandetta, nada à criticar. Seu comportamento, poder de mobilização, no enfrentamento da pandemia, vão sendo dignos de maiores eleogios e todos têm destacado seu papel. Uma obra marcante neste debate é o livro ao fim, "The Dark Side of the Force, de Jack Hirshleifer", versando sobre a teoria do conflito e seus principais mecanismos. Para isso, importante observar implicações políticas. Vejamos.
  1. Importante observar que a capacidade dos países, de se organizarem para evitar catástrofes, depende criticamente da incerteza sobre o limiar ou ponto de inflexão para mudanças catastróficas;
  2. Se essa incerteza é pequena, para se evitar a catástrofe é preciso coordenação - algo que os países são muito bons em fazer;
  3. Quando essa incerteza é grande, a ação coletiva exige a aplicação de um acordo de cooperação - algo que os países são muito ruins em fazer;
  4. A aplicação pode ser aprimorada se os países cedem alguma soberania - e, no entanto, historicamente, os países não estavam dispostos a fazer isso sem antes experimentar um resultado catastrófico;
  5. Em alguns casos, pode ser possível conceber estratégias que transformem um problema de ação coletiva em um jogo de coordenação.

    Faço questão de destacar a contribuição do economista Doutor Luiz A. Esteves, ao abordar este tema.


A publicação recomendada.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

domingo, 22 de março de 2020

Densidade de médicos

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Livro no prelo

Como o mercado editorial é rápido. Lançando um livro no exterior

"Mitigating the Covid economic crisis: act fast do wathever it take"



Leia um trecho: ...

"o impacto disruptivo da luta contra o COVID-19 sobre empregos, dívidas e empréstimos, bem como sobre as cadeias de suprimentos, coloca em risco todo o tecido econômico das economias europeias. Se não agirmos como a situação exige, podemos descobrir que quando quisermos voltar ao normal depois que o vírus passar, acharemos impossível fazê-lo"... #macroeconomics #economy #corporatestrategy #crisismanagement #riskmanagement #financialmanagement #corporatestrategy #financialmarkets # #creditrisk #capitalmarkets #fiscalpolicy #monetarypolicy #debt #bonds #loans #equities #supplychain #covid19 #coronavirus #buythedips #yieldhunt #investments #privateequity #realestate #liquidityrisk #cashmanagement #liquidity

sexta-feira, 20 de março de 2020

Na real

#Repost @osrealistasbr with @make_repost
・・・
Tem gente que ainda acha que o coronavírus é uma gripe piorada. Não é. A gripe é causada pela família do vírus influenza. Ele é velho conhecido e todo ano são produzidas vacinas para as cepas em circulação.
Os coronavírus são outra coisa. Eles são da família que causa a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), doenças que atacam severamente o sistema respiratório.

O novo coronavírus, o SARS-Cov-2, que causa a doença COVID-19, é particularmente perigoso. Tem se mostrado muito mais contagioso que outros coronavírus e vem causando pneumonias duplas, graves e resilientes, principalmente nos mais velhos. Os pulmões entram em colapso e dependem de ação externa para funcionar, com respiradores e entubações feitas em UTIs. Sem isso, a pessoa não consegue respirar e morre.

Se você é jovem e saudável, o risco de ter problemas mais sérios é muito pequeno, mas se contrair a doença, pode transmiti-la a seus pais e avós. Então, quando se deparar com as recomendações de prevenção, antes de dar de ombros, lembre-se: não é gripe forte, é outra coisa, muito mais séria, causa pneumonia dupla e resiliente, e pode matar. Se não você, alguém que você ama.

Tirado da LEVANTE

"Nos últimos 15 dias, as negociações de índices futuros das bolsas americanas foram travadas diversas vezes por atingirem os limites de baixa e de alta, os índices europeus derreteram até 14% em um único dia e, no Brasil, foram acionados seis Circuit Breakers em 10 dias.
Os retornos diários do Ibovespa dos últimos 9 pregões foram os seguintes:
• Segunda-feira (9/mar): -12,2% – 3ª maior queda do século (1 Circuit Breaker).
• Terça-feira (10/mar): +7,1% – 2ª maior alta em 11 anos.
• Quarta-feira (11/mar): -7,6% (1 Circuit Breaker).
• Quinta-feira (12/mar): -14,8% – maior queda no século (2 Circuit Breakers).
• Sexta-feira (13/mar): +13,9% – maior alta em 11 anos.
• Segunda-feira (16/mar): -13,9% – 2ª maior queda do século (1 Circuit Breaker).
• Terça-feira (17/mar): +4,9%.
• Quarta-feira (18/mar): -10,35% (1 Circuit Breaker). Ibovespa a 66.894 pontos.
• Quinta-feira (19/mar): +2,15%.
A boa notícia é que, diante da situação atual – como em qualquer adversidade –, o aprendizado é muito mais forte e surgem boas oportunidades de negócios.

MACROECONOMIA E A QUARENTENA

Do meu amigo Luis A. Esteves, a ler neste recesso forçado. 

Listei 3 artigos que considero "representativos" (dentro do possível) para cada Escola de Pensamento cuja abordagem Macro costuma aparecer com maior frequencia nos debates.

** NOVOS KEYNESIANOS (MAINSTREAM)
1- NEW AND OLD KEYNESIANS
GREENWALD & STIGLITZ
https://lnkd.in/ehbHSuc


2- THE SCIENCE OF MONETARY POLICY: A NEW KEYNESIAN PERSPECTIVE
CLARIDA, GALI & GERTLER
https://lnkd.in/e2c_52w

3- THE 3-EQUATION NEW KEYNESIAN MODEL
CARLIN & SOSKICE
https://lnkd.in/ekwqcHr

* NOVOS CLÁSSICOS (MAINSTREAM)
1- REAL BUSINESS CYCLE MODELS: PAST, PRESENT, AND FUTURE
REBELO
https://lnkd.in/eB9HP9w

2- UNDERSTANDING REAL BUSINESS CYCLES
PLOSSER
https://lnkd.in/e3EHTg2

3- ON THE MECHANICS OF ECONOMIC DEVELOPMENT
LUCAS
https://lnkd.in/eyzv-eX


* PÓS KEYNESIANOS (HETERODOXA)
1- THE FINANCIAL INSTABILITY HYPOTHESIS
MINSKY
https://lnkd.in/ecjTR_2

2- ALTERNATIVE THEORIES OF DISTRIBUTION
KALDOR
https://lnkd.in/eUjtJyi

3- BALANCE OF PAYMENTS CONSTRAINED GROWTH MODELS: HISTORY AND OVERVIEW
THIRLWALL
https://lnkd.in/e6ZmDYG

As epidemias e o mercado

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Evolução do Coronavirus

Seguem, os últimos dados da evolução do coronavírus, divulgados pelo dashboard da Johns Hopkins University. 

A Itália ultrapassou a China em número de mortos, 3405 versus 3249 com um nível de letalidade (mortos/confirmados) duas vezes maior, 8,30% versus 4,0%. Nota-se também pelo gráfico que a Itália, da mesma forma que o Brasil ainda tem um ritmo de novos casos bastante alto. A taxa de crescimento de hoje em relação ao dia 18, foi de 14,90% contra 12,93% do Brasil. Devem, obviamente, serem feitas todas as ressalvas quanto à acuracidade destes dados: os infectados são certamente um bom múltiplo dos casos já confirmados. De qualquer forma, analisemos os dados disponíveis e continuemos o grande esforço de isolamento social voluntário para derrubar a trajetória destas curvas!!!


 Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

quinta-feira, 19 de março de 2020

Olhem este fluxograma...

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

A FUGA DOS EMERGENTES!

Em momentos de choques exógenos adversos, os mercados emergentes são os primeiros a debandar, perdendo a função de "diversificação de portfólio". A crise atual presencia a maior fuga de capital dos emergentes desde 2008, mostrando a incapacidade dos bancos centrais em darem suporte, indefinidamente, aos ativos de risco.

Palavras do CEO do Mercado em Pauta Tullio Bertini.



Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

BALANÇOS E PERSPECTIVAS

Muito difícil o momento que estamos atravessando. Um clima de guerra, com todas as nações mobilizadas num esforço conjunto. Não me recordo de ter vivido momento mais pungente. 

A cada dia novas ações são engedradas pelas autoridades de vários países. Difícil saber quais os próximos passos. Qual a dimensão da pandemia? A China parece estar superando a fase mais aguda, mas por lá o estado de emergência é algo permanente, com strictu sensu nas condutas. É só observarem em quantos dias eles contruíram um hospital meio de campanha para atender aos infectados. 

No mundo, as mortes já passam de 10 mil, sendo no Brasil 21, mas devendo explodir nos próximos dias, dadas as trajetórias dos gráficos de óbitos. Em resposta, o governo, antes com intervenções tímidas, vem atuando fortemente tanto na área econômica, como na saúde. Bônus de 200 reais já foram anunciados para os informais, assim como antecipação da primeira parcela do décimo terceiro salário. Na saúde, o ar preocupado do ministro da Saúde, Mandetta, colocando sob hipótese o colápso do sistema de saúde a partir de fins de abril.

Na semana passada, o Copom anunciou a redução do juro Selic a 3,75% ao ano, mas é importante estar atento de que o problema é de saúde pública, retração da demanda privada. Neste contexto, estímulos fiscais seriam inevitáveis. 

A seguir, uma listagem destes estímulos. 

 Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

  

BCE em resposta

Os canhões do BCE, como reação ao Fed, são encarados como um sinal de fraqueza, não de força. Isso porque não se trata de uma crise de liquidez, mas de um completo blackout da economia global. Todos atingidos pelo mesmo impacto. Como venho dizendo neste espaço, a crise não é economica, mas de calamidade pública, frente ao obrigatório recolhimento das pessoas às suas casas ao redor do mundo. 

Consulta ao blog do economista Daniel Lacalle

Imagem

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...