terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Economia Política

Num determinado momento cheguei a frequentar a universidade pública. Primeiro foi no mestrado acadêmico da UFF, depois no curso de Conjuntura da UFRJ. Em ambos a percepção de que a cátedra de Ciência Econômica é totalmente dissociada nestas instituições.

A militância política é um norteador. Muitos acadêmicos são tolos e provincianos. Chegam ao ponto de fazer política partidária abertamente. Nada contra se não tivermos o agravante de que eles são extremamente sectários ou dogmático e não aceitam o contraditório.

Na UFF tinha uma turma obscurantista, da Economia Política que só aceitava Karl Marx entre os clássicos, sendo que ele era filósofo e não economista ou correlato. Nem John Keynes passava pelo crivo, muito menos os neo-clássicos, clássicos, os novos clássicos ou talvez monetaristas e a síntese. Nada disso era discutido, só Marx.

Agora soube que um dos expoentes deste dogmatismo se tornou chefe de Departamento. Fazer o quê??

Absurdo dos absurdos...me cansei desta aberração.


sábado, 8 de fevereiro de 2020

André Lara Resende

Saiu artigo do Lara Resende, no caderno Eu Fim de Semana, do Valor, sobre o seu livro discutindo o debate econômico no Brasil e a tal MMT.

Sem maiores considerações, não discordo sobre a necessidade de se justificar A expansão de gastos públicos, desde que o juro real seja menor que o crescimento da economia. Concordo também também com a tese de compatibilizar mercado e Estado.

No entanto, acho sim que o controle da sociedade sobre a gestão pública e os seus quadros deve ser permanente e cada vez maior. Acho também que o setor público deve se pautar pela transparência absoluta e a eficiência, tudo que ela não é, ou tem, hje.

Acho também que a democracia representativa passa por um freio de arrumação. Precisa ser repensada.

A seguir uma colocação dele...

"Eu me considero um liberal, mas isso é uma versão ingênua e profundamente equivocada de como funciona a economia. Segundo, minha crítica é muito profunda sobre a macroeconomia mainstream. Estou dizendo: toda a macroeconomia está construída sobre bases equivocadas. Isso é perturbador para economistas com essa formação, como a minha. Só que você tem."

Este trecho é parte de conteúdo que pode ser lido no Valor.


Depois discorro sobre o tema.

Ajuste fiscal, Roberto Ellery

O ajuste fiscal é urgente e deve continuar como prioridade do governo, mas não é suficiente para retomar o crescimento. O desafio de um crescimento sustentado em produtividade e não em estímulos de curto prazo passa pela discussão a respeito dos efeitos da ação do governo na alocação de capital e trabalho.

A má alocação de recursos, chamada de misallocation, tem lugar de destaque na discussão sobre produtividade na academia. Curiosamente essa discussão não consegue o mesmo espaço no debate público sobre nossa economia. Nesse sentido a Nota informativa publicada pela Secretaria de Política Econômica ontem é um verdadeiro serviço de utilidade pública.

Leitura obrigatória para quem está interessado em ir além de nossos (sérios e urgentes) problemas de curto e médio prazo e pretende entender a razão do Brasil há décadas não ter uma sequência de crescimento consistente e puxada pela produtividade. É claro que não podemos perder o foco no ajuste fiscal, mas o debate sobre má alocação de recursos é fundamental e tem que ser ampliado. Dele depende o Brasil das próximas décadas.



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Trump mente sobre a economia

Trump está mentindo sobre a economia, diz Mike Bloomberg Michael Bloomberg O artigo abaixo foi publicado originalmente no site americano Mar...

Leia mais em https://braziljournal.com/trump-esta-mentindo-sobre-a-economia-diz-mike-bloomberg

Papo de Economista: Terras lusitanas

Papo de Economista: Terras lusitanas: Cá estou em terras lusitanas, mais para o interior, no Alentejo nem tão profundo, na aprazível cidade histórica de Évora. Cheguei em novemb...

Terras lusitanas

Cá estou em terras lusitanas, mais para o interior, no Alentejo nem tão profundo, na aprazível cidade histórica de Évora.

Cheguei em novembro de 2018 e comecei agora a turbinar a minha tese de Doutoramento, objeto da minha temporada lusitana.

Estou discorrendo sobre a necessidade de haver um patamar ótimo ou sustentável para a dívida pública bruta, na argumentação de regras, previsibilidade, transparência, continuidade, elementos essenciais para a boa gestão pública.

Ativismo fiscal apenas em momentos críticos. Irei comparar 10 países, Brasil, Argentina, Chile, Peru, México, África do Sul, Turquia, Rússia e Índia...

Sobre minha estadia, nada é fácil em Portugal. Ganhamos em segurança, alguma qualidade de vida, mas perdemos com a "dureza", pelo elevado custo de vida. Com o real a 4,60€ tudo se torna mais caro e complicado. Um dos gargalos, o mercado imobiliário, conseguir arrendamentos a bom "preço".

Estou tendo que me reinventar aqui em Ptg. De bom, a perspectiva de deixar o meu filhote por aqui...para cursar Engenharia Aeroespacial na Técnica de Lisboa.

No fim, esta é a minha grande missão....

Vamos conversando...

Na semana, conversmos sobre o mercado de capitais aqui em Portugal.

Reflexões alentejanas

Fico cá com os meus botões, nos campos secos do Alentejo, à analisar, acompanhar, os descaminhos do capitão e sua turma. Continuo apoiando seu governo, sem deixar de critica-lo qdo necessário. Já disse, discordo de muitas posições dele, mas me rendo ás suas linhas mestras. Continuo com o Guedes, o Tarcísio, o Moro...Acho que o Weintraub tomou algumas decisões acertadas, outras, parece-me que se quivocou, mas em muitas houve sabotagem. Fala-se que este tem q ser um acadêmico, um intelectual da academia. Eita vaidade da peteca. Nada contra, mas o que o bom Cristovão Buarque teve de contribuição para as universidades, para o ensino básico ou fundamental ou médio? E ele era um grande estudioso do ensino. Continuo acreditando que a educação do Brasil precisa de métricas de eficiência e produtividade e menos papo furado e corporativismo. E como há !!

Miriam Leitão sempre criticando

Miriam Leitão: “O desafio do presidente da República aos governadores é impossível de ser cumprido. O governo federal, que está com déficit há seis anos, abriria mão de até R$ 28 bilhões. Se cumprissem o desafio feito pelo presidente, alguns estados seriam punidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O país teria que cortar na educação e na saúde, por exemplo, para subsidiar quem usa automóvel a gasolina. A proposta não tem pé nem cabeça. O ministro Paulo Guedes deveria deixar isso claro. Ele sabe e tem repetido que é preciso zerar o déficit fiscal e fazer as reformas, com ajuda dos estados, para equilibrar as contas do país. Por trás do desafio do presidente está uma tentativa de manipular a opinião pública. Bolsonaro quer passar a ideia de que todo o aumento no preço dos combustíveis é culpa dos governadores.” (Globo)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Fim do ciclo

O BACEN reduziu nesta quarta-feira a Selic em 0,25 ponto percentual à nova mínima histórica de 4,25% ao ano, e indicou expressamente o fim do atual ciclo de cortes na taxa básica de juros, em meio à leitura de que os ajustes já feitos ainda vão surtir efeito na economia. Fonte: Reuters

Sobre a China

A China está considerando adiar o encontro anual do Parlamento do país, disseram cinco pessoas familiarizadas com a situação, em meio ao surto do coronavírus que provocou restrições a viagens e a outras atividades para conter a disseminação da doença.Fonte: Bloomberg

O governo Chinês afirmou nesta quinta-feira que irá cortar pela metade tarifas adicionais aplicadas a 1.717 produtos dos Estados Unidos no ano passado, após a assinatura da Fase 1 do acordo que garantiu uma trégua na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Fonte: Reuters

Editorial do Estadão (17/02)

LULA PROMETE O ATRASO: A razia bolsonarista demanda a eleição de um presidente disposto a trabalhar dobrado na reconstrução do País. A bem d...